Relatório de emprego surpreende e NY deve abrir em alta

As bolsas dos Estados Unidos devem abrir o último pregão desta semana mais curta no país em alta, sinalizam os índices futuros. Em dia de mercado com horário reduzido, os dados de criação de postos de trabalho em junho no país surpreenderam com números melhores que o esperado e a taxa de desemprego caiu. Às […]

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As bolsas dos Estados Unidos devem abrir o último pregão desta semana mais curta no país em alta, sinalizam os índices futuros. Em dia de mercado com horário reduzido, os dados de criação de postos de trabalho em junho no país surpreenderam com números melhores que o esperado e a taxa de desemprego caiu. Às 10h15 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,24%, o Nasdaq ganhava 0,31% e o S&P 500 avançava 0,24%.

A quinta-feira, véspera do feriado da independência nos EUA, comemorado amanhã, tem agenda cheia de indicadores importantes, mas o volume de negócios deve ser baixo, como já ocorreu com os outros dias desta semana. O pregão hoje fecha mais cedo, às 14h (de Brasília), mas muitos investidores estão na expectativa para ver se o índice Dow Jones rompe a barreira dos 17 mil pontos. Ontem, o indicador e o S&P renovaram os recordes pelo segundo dia consecutivo e hoje o apetite para risco continua, embora após a divulgação dos dados de emprego o S&P 500 chegou a cair por alguns momentos. Um mercado de trabalho mais forte pode sinalizar elevação dos juros no país mais cedo que o esperado.

O relatório de emprego de junho mostrou a criação de 288 mil vagas. A taxa de desemprego caiu para 6,1%. A expectativa dos economistas era de criação de 215 mil vagas e taxa de desemprego estável em 6,3%, segundo consenso calculado pela Dow Jones.

“O mercado de trabalho permanece surpreendentemente forte e resistente”, afirma o diretor do departamento de pesquisas macroeconômicas do instituto The Conference Board, Gad Levanon, em um email comentando o payroll. Para ele, o número de hoje não mostra apenas uma recuperação dos efeitos do inverno no começo do ano, mas uma economia ganhando força e que deve ter números ainda melhores no segundo semestre.

Ainda no mercado de trabalho, os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 315 mil na semana encerrada no último dia 28 de junho, dentro do esperado. Apesar da alta, na média de quatro semanas, eles seguem próximos aos menores níveis desde 2007.

Além dos dados de emprego, saiu o resultado da balança comercial de maio, número que vinha sendo aguardado pelos especialistas porque as exportações dos EUA foram fracas no primeiro trimestre e contribuíram para a contração de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. A queda de 9%, em números anualizados das exportações, destaca o Deutsche Bank, retirou 150 pontos-base do crescimento do PIB no período.

Em maio, o saldo ficou negativo em US$ 44,4 bilhões, ante US$ 47 em abril. O dado divulgado hoje veio pouco melhor que os US$ 45 bilhões esperados pelos especialistas. As exportações cresceram 1%, para o nível recorde mensal de US$ 195,46 bilhões.

Depois da abertura do mercado, será divulgado o índice de atividade dos gerentes de compras do setor de serviços (ISM, na sigla em inglês). O número sai às 11h e a expectativa e a previsão do Deutsche é que fique em 56 em junho, praticamente o mesmo nível de maio. Apesar de estável, o economista do banco, Brett Ryan, chama atenção para que o indicador está em um patamar alto e acima de 50, que indica pela metodologia que a atividade está em expansão.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros e seu presidente, Mario Draghi, declarou que a economia segue em recuperação “moderada” e que, se necessário, vai tomar medidas para lidar com a baixa inflação.

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