Regulamentação das motos com até 50 cilindradas divide opiniões de comerciantes

Com a assinatura de convênio nesta quinta-feira (17), entre a Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), que confere à Agetran a competência de exigir dos compradores uma licença para uso e registro de veículos ciclomotores (de até 50 cilindradas), revendedores de motos dessa categoria dizem que terão as vendas […]

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Com a assinatura de convênio nesta quinta-feira (17), entre a Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), que confere à Agetran a competência de exigir dos compradores uma licença para uso e registro de veículos ciclomotores (de até 50 cilindradas), revendedores de motos dessa categoria dizem que terão as vendas prejudicadas. Por outro lado, as lojas especializadas em motos com cilindrada maior se mostram favoráveis à medida.

Segundo o gerente de uma loja especializada em ciclomotores, Aparecido de Lima, a nova exigência vai deduzir muito as vendas desse tipo de veículo. Ele conta que na Capital só as duas filiais da loja comercializam cerca de 120 unidades por mês. Após a medida, ele acredita que as vendas vão cair em torno de 50%.

Lima diz, ainda, que o público alvo dessas motos é de baixa renda. Por isso, esse convênio vai dificultar a aquisição deles. “Nosso cliente é a doméstica, o pedreiro e o operário. Essas pessoas têm muita dificuldade em correr atrás dessa papelada”, ressalta ele.

Ainda de acordo com o comerciante, o valor dessas motos varia entre R$ 3.500 a R$ 5.500 em sua loja. Ele destaca que, além dessa facilidade na compra de ciclomotores, um ponto atrativo de clientes é a economia na hora de abastecer, “Essas motos fazem cerca de 70 km por litro de gasolina”.

Por outro lado, o gerente de uma loja que vende apenas motos acima de 50 cilindradas, Dorival Morales, se mostra mais favorável às novas regras. Para ele, ainda é cedo para dizer se essas medidas vão, ou não, prejudicar as vendas. Até agora, a única exigência são os equipamentos de segurança (capacete, óculos etc).

Nesse sentido, um vendedor de outra loja que vende apenas motos grandes, que prefere não se identificar, afirma que a questão não é apenas comercial. Segundo ele, trata-se de uma questão social. “Sou favorável às novas regras. Já presenciei um condutor desse tipo de veículo passando em alta velocidade nos redutores de fiscalização. Quase causou um acidente”, adverte o vendedor.

De acordo com a Agetran, com base na Lei Municipal nº 5.324 de 09 de maio de 2014, os proprietários dos ciclomotores têm até o dia 9 de setembro para efetuarem a regularização junto à Agetran. A lei também dispõe que os ciclomotores devem circular, nas vias públicas da Capital, registrados e licenciados, atendendo as disposições do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), as resoluções do Contran e portaria do Denatran. Para viabilizar o registro e o licenciamento, os ciclomotores deverão ter o pré-cadastro no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Para aqueles que não têm a situação regular, o prazo máximo se expira em 50 dias.

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