Quebra-cabeças enviados em cartas assustam família de mulher morta pelo ex na Capital
Em menos de um mês a família de Dayane Silvestre Uliana, de 26 anos, morta pelo ex-marido no dia 4 de janeiro, recebeu duas mensagens de ameaça que supostamente teriam sido enviadas por ele. Nos envelopes, várias letras de jornais recortadas, com frases que assustam e preocupam a família. Nesta terça-feira (14), um novo recado […]
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Em menos de um mês a família de Dayane Silvestre Uliana, de 26 anos, morta pelo ex-marido no dia 4 de janeiro, recebeu duas mensagens de ameaça que supostamente teriam sido enviadas por ele. Nos envelopes, várias letras de jornais recortadas, com frases que assustam e preocupam a família.
Nesta terça-feira (14), um novo recado foi encontrado pelo pai de Dayane, João Batista Uliana, na caixa de correio de sua casa. “Ainda não conseguimos montar tudo, tem letra sobrando, mas estávamos muito nervosos”, relata Uliana.
Segundo a família, o envelope apareceu assim que o juiz negou o novo pedido de prisão preventiva contra o assassino da filha Júlio César Martins Ferreira, de 38 anos, expedido após a primeira ameaça, no dia 24 de setembro. “Isso que ele faz é uma forma de ridicularizar a gente e a Justiça”, lamenta o pai da vítima.
Enquanto Júlio continua solto a família convive com o medo e a insegurança. “Estamos sempre preocupados, não saímos mais de casa e quando saímos ficamos com medo de acontecer algo com quem ficou. Ele já matou minha filha, nada impede que ele cometa outro crime”, afirma.
De acordo com o irmão de Dayane, Douglas Silvestre Uliana, o pedido foi negado por falta de provas, além disso, o juiz decretou que Júlio fique a uma distância de 100 metros dos membros da família. “Estamos desanimando já”, conta Silvestre.
Com a nova ameaça nas mãos, Douglas e o pai foram até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) registrar um novo boletim de ocorrência. “Agora vamos ver o que vai acontecer e quais providências serão tomadas”, conclui o irmão de Dayane.
O caso
Cansada das agressões e ameaças, Dayane voltou a morar com os pais e o irmão. Em um sábado, 4 de janeiro, quando saía do trabalho em seu carro foi alvejada por três tiros que atingiram a cabeça da jovem. Ela chegou a ser atendida e encaminhada para a unidade de saúde do Bairro Guanandi, mas não resistiu aos ferimentos.
O autor estava na garupa de uma motocicleta, registrada no nome de Uliana, e que estava em posse do ex-marido. Assim que cometeu o crime Júlio César ligou para o cunhado e também o ameaçou, falando que ele seria o próximo. O autor foi preso no dia 9 de janeiro.
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