Prefeitura montará gabinete para atuar na prevenção e controle da febre Chikungunya

A Prefeitura vai montar um gabinete de respostas rápidas, com participação de representantes de diferentes secretarias municipais, instituições públicas e da sociedade, para definir estratégias e colocar em prática medidas de prevenção e controle da febre Chikungunya em Campo Grande, doença viral bastante parecida com a dengue que já chegou ao Brasil, com pelo menos […]

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A Prefeitura vai montar um gabinete de respostas rápidas, com participação de representantes de diferentes secretarias municipais, instituições públicas e da sociedade, para definir estratégias e colocar em prática medidas de prevenção e controle da febre Chikungunya em Campo Grande, doença viral bastante parecida com a dengue que já chegou ao Brasil, com pelo menos mil notificações de casos suspeitos, havendo maior incidência na cidade baiana de Feira de Santana. Exames laboratoriais descartaram as duas primeiras notificações de pacientes que foram internados na Capital com sintomas da doença

A formação deste gabinete que terá como desdobramento a criação de um comitê encarregado de detalhar e implantar um plano de açãofoi decidida numa reunião que o prefeito Gilmar Olarte comandou com a participação do presidente da Câmara, Mário Sérgio, vários vereadores; secretários municipais e o comandante da Base Aérea, tenente -coronel aviador Potiguar Vieira Campos.

“Precisamos do envolvimento de toda a sociedade para deter o avanço desta doença”, destacou o prefeito. “As pessoas precisam se conscientizar da importância de manter limpos seus domicílios”, observa. Neste esforço de conscientização haverá um trabalho junto às escolas municipais, com envolvimento de professores, pais, alunos e funcionários. .

Segundo a Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcia Dal Fabro, o processo de capacitação dos funcionários já foi iniciado e a rede de unidades básicas, centros regionais de saúde e as Unidades Pronto Atendimento da Prefeitura , estarão prontas para o atendimento dos pacientes. O Laboratório Central vai estar capacitado para realizar os exames de sangue de quem estiver com sintomas da doença.

Será necessária a contratação de pelo menos 170 agentes de saúde em caráter temporário para as ações de prevenção que são muito parecidas com as desenvolvidas no controle da dengue com a eliminação dos focos de transmissão do Aedes aegypti, que é o mosquito transmissor das duas doenças. “Precisamos atingir um nível de cobertura satisfatório dos 183 mil imóveis prediais existentes na cidade”, argumenta a infectologista Márcia Dal Fabro. Ela alerta que além da febre Chikunnya, outra preocupação é com o risco de uma nova epidemia de dengue, desta vez com o vírus tipo 3.

No Brasil já foram confirmados 173 casos, sendo eles 17 no Amapá e 156 na Bahia sem nenhum óbito. “O certo é que o Chikungunya está migrando e chegou às Américas. No Brasil, a preocupação é que os mosquitos transmissores ganhem condições de espalhar rapidamente esse novo vírus e por todo o País”, explica.

Contra isso, a Diretoria de Vigilância em Saúde intensificará as ações juntamente com o CCEV (Centro de Controle de Endemias Vetorias) no sentido de amplificar as medidas de prevenção e identificação de casos. Dal Fabro explica, ainda, que o ciclo de transmissão do vírus é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo sete dias, a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o Chikungunya para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.

Sintomas

Embora os vírus da febre chikungunya e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes. Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Este é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.

Diagnóstico

O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. As amostras de sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios de referência nacional. Casos suspeitos de infecção pelo Chikungunya devem ser notificados em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde.

Tratamento

Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação. Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.

Prevenção

Não existe vacina contra febre chikungunya. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença.

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