Para ir para Mundial na Itália, canoísta faz rifa e tem até carneiro, vivo ou morto, como prêmio

Treinando há um ano canoagem, Gustavo Miranda Figueiró, de 31 anos, advogado, já é destaque no estado. Nesta terça-feira (3), ele embarca para a Itália para disputar o Mundial que acontece na cidade de Valentille.

As passagens estão garantidas. Ele conta que conseguiu apoio da Fundesporte, na tarde de ontem, e agora já pode dizer que irá para o Mundial. É que até o dia anterior ele ainda não havia conseguido a grana necessária para comprar passagens, e garantir aluguel de carro, de caiaque, hospedagem e alimentação.

Ele explica que o animal será entregue do jeito que a pessoa preferir. “Ahh…é porque se a pessoa quiser comer a gente já entrega carneado, mas se quiser para criar, pode levar vivo”, diz.

Custos

Brincadeiras, a parte, Gustavo explica que a rifa custa R$ 25,00 e que ele precisa vender os números antes de embarcar. Já que apenas as passagens já estão pagas. Ele conta que serão quase 14 dias naquele país, já que precisará viajar com antecedência para se organizar para a disputa.

O canoísta diz que não pode levar seu caiaque, por isso terá que chegar, locar ou comprar um caiaque novo, reconhecer o rio, onde será a disputa, e fazer alguns treinos antes. “Acaba ficando caro, por causa de todos esses detalhes”, explica, revelando que tirando a passagem ainda precisa de R$ 6 mil.

Para comprar a rifa entre em contato com Gustavo no telefone 8138-3211.

Sonho de menino

atleta conta que desde menino sonhava remar. Mas o esporte só entrou em sua vida quando pode arcar com os custos do mesmo. Ele conta que tudo dentro da canoagem custa cara, um remo profissional, por exemplo, sai por cerca de R$ 1,3 mil. E por isso a família nunca quis investir na brincadeira de menino.

Já adulto, a canoagem voltou a encantá-lo e há um ano treina em todos os horários que pode para se sair bem no esporte. “É difícil ser atleta assim. Eu treino nas horas que posso, nas horas que não estou trabalhando, e que não estou com a família”, diz, contando que tem um casal de filhos pequenos.

fechar o sonho, já que parte já está realizando, ele está indo para o Mundial, diz seria ter uma boa classificação. Com o pódio, ele diz que nem ousa sonhar, já que dificilmente os brasileiros ganham fora devido as dificuldades em ter que alugar, comprar caiaque e etc. “A gente treina o ano todo com um barco. Ai no dia do campeonato mais importante usa outro. Isso reduz a chance do atleta. Nunca vamos ter o mesmo domínio de quem disputa com o próprio barco”, diz.

“Mas, isso não me impede de querer fazer bonito. Vou fazer o meu melhor”, finaliza.