Ministro argentino nega moratória, apesar de falta de acordo sobre dívida
O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, negou nesta quarta-feira que seu país tenha entrado em moratória apesar de não ter conseguido um acordo com os fundos especulativos e culpou o juiz americano Thomas Griesa por formar “um quebra-cabeças jurídico” que produz uma situação “que ninguém sabe caracterizar”. “Essa situação não existe, porque é […]
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O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, negou nesta quarta-feira que seu país tenha entrado em moratória apesar de não ter conseguido um acordo com os fundos especulativos e culpou o juiz americano Thomas Griesa por formar “um quebra-cabeças jurídico” que produz uma situação “que ninguém sabe caracterizar”.
“Essa situação não existe, porque é insólita, porque é incompreensível, porque é absolutamente nova”, disse Kicillof, acrescentando que “a ninguém ocorreu que após um pagamento alguém obrigaria os bancos” a congelar o pagamento.
Além disso, o ministro desacreditou o anúncio de moratória seletiva por parte da agência de classificação de risco Standard & Poor’s e questionou em entrevista coletiva na sede do consulado argentino em Nova York: “Quem acredita nas agências qualificadoras a esta altura?. Quem pensa que são imparciais do sistema financeiro?”.
Kicillof culpou Griesa por “não resolver” a situação e por tomar uma decisão com a cláusula “pari passu”, ou pagamento simultâneo, que bloqueou um “dinheiro que pertence claramente aos credores”.
O ministro argentino acusou o juiz de ter “desequilibrado as conversas” ao deixar nas mãos dos fundos especuladores a decisão de usar a medida cautelar, conhecida como “stay”.
“É uma decisão polêmica e errada”, afirmou.
Kicillof também declarou que seu país está aberto a continuar negociando, mas com três condições.
“Não vamos assinar nenhum compromisso que comprometa o futuro dos argentinos”, “vamos defender a troca que fizemos com sucesso e que obteve 92,4% dos bônus que entraram em default” e “vamos tomar todas as medidas, ações, instrumentos de nossos contratos do direito nacional e internacional para que esta situação insólita, injusta não se perpetue no tempo”, especificou o ministro.
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