Marta Suplicy diz que Brasil tem que mostrar mais do que praias e carnaval

“Chegou o momento de revelar mais da nossa cultura e diversidade. Temos mais que praias e carnaval. É hora de mostrar mais do que isso em nossa literatura, música e artes cênicas”. A declaração a ministra da Cultura, Marta Suplicy, abriu o 14º Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá, na noite de sexta-feira (4). O […]

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“Chegou o momento de revelar mais da nossa cultura e diversidade. Temos mais que praias e carnaval. É hora de mostrar mais do que isso em nossa literatura, música e artes cênicas”. A declaração a ministra da Cultura, Marta Suplicy, abriu o 14º Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá, na noite de sexta-feira (4). O Brasil participa como convidado de honra do festival, considerado o maior do mundo dentre os festivais cênicos com bilheteria.

É o segundo grande evento colombiano a receber o Brasil como convidado em menos de dois anos. O primeiro foi a Feira Internacional do Livro de Bogotá, em 2012. O slogan desta edição é “Todos temos que ver”, e a logomarca, um olho. “Um olho aberto, festivo muito atento, para festejar”, diz o texto da campanha que promove o festival.

Antes do início do espetáculo musical Gonzagão, que abriu o primeiro dia da programação, Marta Suplicy conversou rapidamente com a imprensa e destacou a importância de o Brasil ter um espaço de destaque no evento. “Sabemos da qualidade e do impacto do festival”, afirmou. Ao todo, 26 países de cinco continentes apresentarão 42 obras de sala (em teatros) e seis de rua. O teatro colombiano terá 40 companhias em sala e 24 grupos nacionais de rua.

Aministra disse que o governo quer expandir e ampliar a participação cultural do país no exterior. “Internacionalmente, ainda temos muito o que mostrar. Mas estamos diversificando. Não só em eventos como este, mas também na Copa do Mundo vamos promover distintas e ricas manifestações culturais”, disse.

O Brasil foi escolhido como país homenageado em novembro de 2012, após o sucesso de público da Feira do Livro, realizada em maio do mesmo ano.

A diretora do Festival, Ana Marta de Pizarro, disse à Agência Brasil que o olhar atento para o Brasil revela momentos parecidos, vividos pelos dois países. “Nós estamos percebendo que a dramaturgia brasileira vive um momento de espetacular renovação, com semelhanças aos processos que vivemos no teatro colombiano”, comentou.

Para ela, o festival trará mais do que sucesso de bilheteria. “Daqui nasce parceria e troca de experiências. Nasce o sentimento de que estamos tão perto e que não há barreiras”, disse. Uma das iniciativas que Pizarro crê que ficarão para o “longo prazo” são as peças traduzidas para o espanhol – 14 obras da dramaturgia contemporânea brasileira foram reunidas em uma coletânea, lançada durante o evento.

A diretora disse acreditar que a dramaturgia colombiana será enriquecida e que muito mais que o público, os profissionais de teatro do país vão explorar e produzir a dramaturgia brasileira. “Mas não pense que é só de lá pra cá. Vocês também estão nos descobrindo”, disse.

Na tarde de hoje (5) será realizado o Desfile Inaugural do Festival. Uma espécie de parada com teatro de rua, performances e números circenses. O Grupo Galpão (brasileiro) participará do desfile, assim como o grupo de batucada Os Negões.

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