Mantega: turbulência é passageira e estamos preparados para transição
Em exposição sobre o cenário econômico global e doméstico durante do Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o mundo caminha para um cenário turbulento de pós-crise e assegurou que o Brasil está preparado para o momento. O ministro apresentou dados de reservas internacionais e contestou […]
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Em exposição sobre o cenário econômico global e doméstico durante do Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o mundo caminha para um cenário turbulento de pós-crise e assegurou que o Brasil está preparado para o momento. O ministro apresentou dados de reservas internacionais e contestou que o País esteja no hall das economias mais frágeis.
“O que temos hoje é uma transição da economia de crise para a economia pós-crise, o que causa, num primeiro momento, uma turbulência, uma volatilidade”, disse Mantega. “Acredito que essa turbulência é passageira.”
O ministro assegurou que quando a economia global se acomodar, o Brasil poderá apresentar um crescimento gradual. Segundo o ministro, uma das razões que fazem da economia brasileira mais sólida são as reservas internacionais. Ele disse que análises pessimistas são atribuídas a outros parâmetros – os quais ele preferiu não citar. “É um equívoco colocar o Brasil entre os mais vulneráveis”, disse.
Segundo dados oficiais, o Brasil apresenta um colchão de US$ 366 bilhões em reservas internacionais. “Num momento de crise, de volatilidade, de fluxo de capitais, o risco para alguns países é a falta de crédito. Os países que têm reservas estão mais bem preparados”, avaliou o ministro.
No mercado cambial, Guido Manteja justificou a volatilidade do real pelo fato de a economia brasileira negociar no mercado futuro, que ele considera uma virtude para o País. “Como temos um mercado mais líquido, a nossa moeda se move mais rapidamente”, afirmou. Recentemente, o Federal Reserve (FED, banco central americano) retirou parte da expansão monetária – isto é, está recolhendo dólares do mercado internacional. Essas retiradas afetam o mercado cambial como um todo. No Brasil, o Banco Central faz leilões de câmbio para evitar que o real se desvalorize muito rapidamente.
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