Mais um filme que estreia em salas de cinemas do Brasil não chega a Campo Grande

O filme “Olho Nu”, que tem como personagem principal o cantor Ney Matogrosso, estreia nos cinemas de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), nesta quinta-feira (15). Ironicamente, o longa-metragem que tem um ator nascido em Mato Grosso do Sul (MS), não deve chegar às salas de cinema de Campo Grande (MS). Para demonstrar […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O filme “Olho Nu”, que tem como personagem principal o cantor Ney Matogrosso, estreia nos cinemas de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), nesta quinta-feira (15). Ironicamente, o longa-metragem que tem um ator nascido em Mato Grosso do Sul (MS), não deve chegar às salas de cinema de Campo Grande (MS).

Para demonstrar que o público de Campo Grande quer a exibição do filme, a produtora cultural e professora Carol Sartomen criou um evento no facebook chamado “Queremos Olho Nu em Campo Grande”. “Fiz porque havia um grande número de espectadores ansiosos por assistir o filme “Olho Nu” nas salas de cinema em MS”.

Ela justifica o clamor pelo filme o fato do diretor Joel Pizzini ter vivido grande parte de sua vida no estado e pelo cantor Ney Matogrosso, estrela do longa, ter nascido em Bela Vista (MS). “Além disso, tem outros cineastas do estado envolvidos nessa produção, por isso, deveríamos ser os primeiros a prestigiar a obra”, ressalta.

Essa não é a primeira vez que as salas dos três atuais cinemas de Campo Grande não disponibilizam algum filme que foi exibido no restante do país. Em abril, o longa-metragem, também brasileiro, “Hoje eu quero voltar sozinho” não foi exibido nos cinemas da Capital. Da mesma forma, outras pessoas criaram um grupo no facebook, que pedia a vinda do filme. De acordo com o criador do evento, Martin D´Estefani, a produção não chegou aos cinemas até hoje, foi exibido, apenas, em festival estadual.

Na opinião da produtora cultural, existem diversos filmes brasileiros de qualidade. No entanto, argumenta, apenas 2% das salas de cinema são reservadas às produções nacionais. “Há uma necessidade das salas de cinema comercial contemplar outros filmes além dos “enlatados hollywoodianos”. Porque devemos assistir sempre produções americanas ficcionais no formato de longa-metragem?”, questiona.

Carol disse, ainda, que está em contato com a distribuidora de filmes Vitrine para tentar viabilizar a exibição do longa em Campo Grande, depois que a empresa soube do manifesto popular e entrou em contato para negociação. “Queremos ampliar nosso repertório, há muita coisa boa brasileira sendo produzida”.

Cinemas

Questionado anteriormente pelo Midiamax, a rede de cinema Cinemark informou que não pode oferecer nenhuma resposta pela unidade regional da empresa e que a programação do que entra em cartaz é definido pela central, localizada em São Paulo. A rede UCI disse que o mesmo ocorre em sua programação. Já os representantes da Administração do Cinépolis não foram localizados.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados