Mais Médicos: cubano que trabalhava no Maranhão abandona programa
Um médico cubano que trabalhava em Timbiras, no Maranhão, está entre os profissionais que abandonaram o programa do governo federal sem justificativa. José Armando atuava no município desde novembro de 2013, mas realizou seu último atendimento no dia 24 de janeiro e, desde então, não explicou suas faltas nem retornou às três unidades básicas de […]
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Um médico cubano que trabalhava em Timbiras, no Maranhão, está entre os profissionais que abandonaram o programa do governo federal sem justificativa. José Armando atuava no município desde novembro de 2013, mas realizou seu último atendimento no dia 24 de janeiro e, desde então, não explicou suas faltas nem retornou às três unidades básicas de saúde da cidade onde deveria prestar serviço, conforme a Secretaria de Saúde. Ele tampouco comunicou sua desistência do programa ao governo federal. José Armando é um dos quatro cubanos entre os estrangeiros que estão ausentes do Programa Mais Médicos sem formalização.
Há dois dias, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou desconhecimento do governo sobre o paradeiro de 89 profissionais que compõem o quadro do Programa Mais Médicos. Do conjunto de profissionais “desaparecidos”, quatro são cubanos conveniados à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), organismo multilateral integrante do sistema Nações Unidas – entre eles, José Armando. Do total de médicos que abandonaram o posto de trabalho sem comunicação, 80 são brasileiros. Outros cinco médicos são intercambistas provenientes de outros países: um espanhol, um ucraniano, uma colombiana, um argentino e uma brasileira formada no México.
Dentre os quatro cubanos, o ministro explicou que a médica Ramona Rodriguez, que fugiu da cidade de Pacajá (PA) e pediu refúgio aos governos brasileiro e americano, não faz parte do grupo. Ela afirmou que só soube que sua remuneração seria menor (US$ 400, em vez de R$ 10 mil) ao chegar ao Brasil. O governo promete a contratação de 13 mil profissionais do Mais Médicos até o fim de março. No momento, o quadro de médicos no programa é de 9.549, dos quais 7,4 mil são cubanos.
A Secretaria de Saúde de Timbiras comunicou a desistência de José Armando à Secretaria de Estado da Saúde, porém um pedido de substituição ainda não foi oficializado. O ministro da Saúde disse na terça-feira que “no caso (do desligamento) dos cooperados cubanos, é importante que haja substituição por outros médicos”, mas “as desistências acontecem e entre nós o número é o insignificante dentro desse universo”.
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