Enquanto políticos dizem que faltam verbas para a saúde pública, o maior hospital mantido pelo Governo do Estado, HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), simplesmente perdeu meio milhão de reais. Para tentar explicar, os gestores alegam até que teriam ‘perdido’ uma senha.

No Ministério da Saúde, no entanto, a informação é de que a Funsau (Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul) não cumpriu o prazo para cadastramento de projeto e perdeu os R$ 500 mil de uma emenda parlamentar apresentada pelo deputado federal Fábio Trad (PMDB).

O dinheiro deveria ter sido utilizado para compra de equipamentos específicos de cirurgia bariátrica. Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, o hospital deveria ter feito o cadastramento do projeto nos períodos permitidos que foi de fevereiro a abril e depois de agosto a setembro e prorrogado até o início deste mês.

“O que teve foi o envio do pré-projeto em março, mas não o projeto não foi cadastrado no Ministério da Saúde”, explicou a assessoria.

O diretor do HRMS, Rodrigo Aquino, diz que o dinheiro deixou de ser utilizado porque os “equipamentos necessários não estão cadastrados no Ministério da Saúde e não foi possível realizar a compra”. O hospital iria utilizar o recurso da emenda para comprar equipamentos para a cirurgia, como grampeador universal, grampos para o procedimento.

Aquino também disse que “quando uma emenda é liberada, há a liberação de uma senha de acesso também para a compra de materiais”. O diretor disse ainda que o Ministério da Saúde demorou a responder negativamente sobre os equipamentos bariátricos. “Sendo assim, o HRMS enviou um ofício ao Fundo Nacional de Saúde para pedir a liberação da senha e poder comprar os equipamentos com a emenda, mas até agora não obteve resposta”, completou.

No entanto, o Ministério da Saúde rebateu afirmando que a senha é emitida automaticamente. “É igual quando esquece a senha de um e-mail, é mandado para o endereço cadastrado”, informou a assessoria do órgão federal.