Greve dos bancários atinge todos os estados do país mais o DF
Os bancários de bancos públicos e privados decidiram entrar em greve a partir desta terça (30), por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Sindicatos de todos os estados confirmaram adesão à greve, além do Distrito Federal (veja abaixo como está a adesão à greve nos estados). Nesta manhã, agências […]
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Os bancários de bancos públicos e privados decidiram entrar em greve a partir desta terça (30), por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Sindicatos de todos os estados confirmaram adesão à greve, além do Distrito Federal (veja abaixo como está a adesão à greve nos estados).
Nesta manhã, agências amanheceram com adesivos colados nos vidros, indicando a paralisação.
Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, informou que a greve será iniciada apenas em agências bancárias. Caixas eletrônicos, serviços de teleatendimento e centros administrativos continuam funcionando.
Porém, segundo Cordeiro, existe a possibilidade de estender a greve a outros setores se as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) demorarem. “A nossa greve sempre começa pelas agências bancárias. A cada dia que passa que isso [acordo entre a categoria e os bancos] não ocorre, a greve tende a crescer e atingir setores mais estratégicos”, diz Cordeiro.
Em Mato Grosso do Sul, também houve adesão. Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande e Região (Seebcgms) os bancários dessa área de representação decidiram aderir ao movimento nacional em uma assembleia geral realizada no dia 25 de setembro. Já na região sul do estado, o presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região, Janes Estigarribia, aponta que nos 13 municípios em que a entidade atua, pelo menos 49 agências devem permanecer fechadas.
Reivindicações dos bancários
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros.
Além do aumento de salário e benefícios, os bancários também pedem melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas.
No sábado (27), o Comando Nacional dos Bancários confirmou o indicativo de greve mesmo após uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes pelos bancários em reunião realizada em São Paulo.
Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.
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