Estado Islâmico divulga vídeo com decapitação de outro jornalista americano

O grupo radical EI (Estado Islâmico), que assumiu o controle de várias cidades na Síria e no Iraque, divulgou nesta terça-feira (2) um vídeo que mostra militantes decapitando o jornalista americano Steven Sotloff, 31. O assassino de Sotloff seria o mesmo acusado de matar o fotógrafo James Foley, em agosto. Os serviços secretos do Reino […]

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O grupo radical EI (Estado Islâmico), que assumiu o controle de várias cidades na Síria e no Iraque, divulgou nesta terça-feira (2) um vídeo que mostra militantes decapitando o jornalista americano Steven Sotloff, 31.

O assassino de Sotloff seria o mesmo acusado de matar o fotógrafo James Foley, em agosto. Os serviços secretos do Reino Unido identificaram o suspeito como sendo um cidadão britânico Abdel-Majed Abdel Bary, 23, conhecido entre os extremistas como “Jihadi John”. A Casa Branca diz que ainda não pode confirmar a morte do repórter.

Com o título “Segunda mensagem à América”, Sotloff aparece nas imagens vestindo uma roupa toda laranja. Além de matar o jornalista, o EI ainda ameaça tirar a vida de um refém britânico que está em suas mãos, David Cawthorne Haines.

Sotloff já havia aparecido no final da gravação da morte de Foley. Na ocasião, os jihadistas prometerem assassinar o repórter caso os Estados Unidos continuassem os ataques aéreos no norte do Iraque. O jornalista fora sequestrado em Aleppo, na Síria, em agosto do ano passado.

Na semana passada a mãe do repórter divulgou um vídeo no qual pede para que o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, não mate seu filho. “Steven viajou o Oriente Médio cobrindo o sofrimento dos muçulmanos na mão de tiranos”, afirmou.

Crimes contra a humanidade

As ações do EI na Síria e no Iraque equivalem a “crimes contra a humanidade”, disse na segunda-feira (1) a responsável adjunta do Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU, Flavia Pansieri. Ao menos 1.420 pessoas foram mortas no Iraque em agosto durante os conflitos entre os jihadistas e milícias locais.

“Muitos foram diretamente assassinados, outros sitiados e privados de alimentos, água e remédios”, denunciou Panseri.

Segundo a funcionária da ONU, pelo menos mil yazidis, uma das minorias mais afetadas, foram mortos e 2.750 sequestrados ou escravizados nas últimas semanas. Em Badosh, se documentou a execução sumária de 650 prisioneiros, com especial violência no caso dos homens xiitas, que foram obrigados a cavar buracos onde foram mortos pelos insurgentes.

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