Especialistas advertem que prática de exercícios sem acompanhamento pode levar à morte

Para fazer exercícios não basta colocar um par de tênis e uma bermuda e sair suando a camisa. Além disso, é muito importante ser acompanhado por um profissional adequado. De acordo com médicos e professores de educação física, a falta dessa orientação especializada pode até levar à morte, além de outros riscos como lesões musculares, […]

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Para fazer exercícios não basta colocar um par de tênis e uma bermuda e sair suando a camisa. Além disso, é muito importante ser acompanhado por um profissional adequado. De acordo com médicos e professores de educação física, a falta dessa orientação especializada pode até levar à morte, além de outros riscos como lesões musculares, articulares e na coluna cervical.

Nesse sentido, o médico ortopedista José Luiz Mikimba enumera o procedimento a ser seguido por um principiante. Segundo ele, em primeiro lugar a pessoa deve passar por uma avaliação médica para saber qual o tipo de exercício físico é o mais indicado. “A parir de um exame nós encaminhamos o aluno para uma natação, ginástica aeróbica, musculação ou corrida”, alerta Mikimba.

O segundo passo, de acordo com o médico, é praticar os exercícios sempre com um professor de educação física. Aliviado, o médico afirma que nunca atendeu uma pessoa que morreu durante ou após a prática de esportes, contudo, diz que o risco de morte é real. “Para cada mil alunos, encontramos problemas sérios com 2. Frequentemente vemos na mídia histórias de jogadores profissionais que morrem por morte súbita. Isso pode acontecer sim, principalmente com quem tem problemas cardíacos”.

O médico adverte: o chamado grupo de risco merece um acompanhamento profissional ainda mais próximo. Nesse grupo estão os diabéticos, idosos, hipertensos, obesos e cardiopatas.

No Estado, esse acompanhamento é fiscalizado pelo Cref 11 (Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso do Sul). Conforme o Cref, todas as academias devem ter pelo menos um profissional durante todo o expediente em que estiver aberta.

De acordo com coordenadora de fiscalização do Cref, Patrícia Barbosa Rodrigues, as penalidades para as academias que não disponibilizam professores são multas e o fechamento do local.

Segundo o professor Fábio Palhano, não é muito difícil encontrar alunos lesionados porque praticaram exercícios de forma incorreta. “Já vi muito estiramento físico, mas, graças a Deus, nunca vi nada sério”, conta ele.

O Cref 11informou que em Campo Grande há, atualmente, 311 estabelecimentos de atividade física, entre academias e estúdios. Ainda conforme o Cref, só em 2014 foram fechadas, em virtude das irregularidades, 11 academias no Estado, sendo duas na Capital.

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