Entidade acusa hospital de liberar corpo de bebê sem os órgãos em Campo Grande

Segundo a família, a criança foi colocada para mamar logo após o parto, enquanto a mãe ainda estaria sob efeito de anestesia, e morreu asfixiada. Foi registrado boletim de ocorrência e a Polícia vai investigar o suposto sumiço de órgãos.

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Segundo a família, a criança foi colocada para mamar logo após o parto, enquanto a mãe ainda estaria sob efeito de anestesia, e morreu asfixiada. Foi registrado boletim de ocorrência e a Polícia vai investigar o suposto sumiço de órgãos.

A Associação de Vítimas de Erros Médicos acusa o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul(HR) de supostamente entregar o corpo de um bebê sem os órgãos ao Instituto Médico-Legal (Imol). A criança morreu enquanto a mãe a amamentava logo após o parto.

A família afirma que houve negligência, já que a mãe ainda estaria sob efeito de anestesia e não tinha acompanhante na hora da morte do bebê.

Segundo o presidente da associação, Valdemar Moraes de Souza, a família aguarda a liberação do corpo para velar a criança e quer saber exatamente como a morte ocorreu. “O corpo não foi liberado porque chegou ao Imol sem os órgãos e desta forma não é possível realizar a necropsia e nem sair o laudo médico”, explica Valdemar.

O presidente da associação registrou boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, para que a polícia encontre os órgãos do bebê. “Já se passaram dez dias e nada. Onde estão os órgãos?”, cobra.

O delegado responsável pelo caso, Daniel da Silva, confirmou que o corpo teria chegado ao Imol sem os órgãos, que teriam sido extraídos no Hospital Regional. “Inquérito foi instaurado e os órgãos terão de aparecer para que seja feito o laudo médico e o caso seja resolvido”, frisou.

A reportagem entrou em contato com o Imol, que declarou que a informação é confidencial.

HR nega

A reportagem conversou com o Hospital Regional, que negou as acusações. Segundo a assessoria do HRMS, declarou que não houve irregularidade na entrega do corpo. Segundo o assessor, o diretor do hospital afirmou não ter sido comunicado pelo Imol sobre a ausência dos órgãos do bebê.

Sobre a possível negligência, o Hospital Regional instaurou sindicância administrativa para investigar os procedimentos de atendimento do paciente, para ver se havia de fato a necessidade de acompanhamento. O prazo da investigação é de até 30 dias.

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