Empurra-empurra: falta fiscalização e sobra desrespeito nos terminais de ônibus da Capital

O ônibus chega e o desespero começa nos terminais de Campo Grande. A gentileza e a educação são esquecidas no empurra-empurra e saem ‘ganhando’ os mais espertos e menos educados. Sem fiscalização, e muito menos educação, nessa hora não há preferências. Quem chegou primeiro entra e os demais se ajeitam onde falta espaço e sobra […]

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O ônibus chega e o desespero começa nos terminais de Campo Grande. A gentileza e a educação são esquecidas no empurra-empurra e saem ‘ganhando’ os mais espertos e menos educados. Sem fiscalização, e muito menos educação, nessa hora não há preferências. Quem chegou primeiro entra e os demais se ajeitam onde falta espaço e sobra desconforto.

As reclamações, por parte de quem depende do transporte público campo-grandense, são muitas. Falta estrutura e, a que existe, não é respeitada pelos usuários. Além disso, a falta de educação das pessoas e falta de qualquer tipo de ordenamento permite a criação do caos perigoso para os mais frágeis, como idosos, gestantes e crianças.

A doméstica Elba Diogénes, de 52 anos, disse que já perdeu os óculos porque foi empurrada no momento do embarque no Terminal de Ônibus Morenão, na região sul da Capital.

“É um Deus nos acuda todos os dias. Se segura quem pode. Os ônibus chegam com 25, 30 minutos de atraso e ninguém quer ficar para trás. O desespero é muito grande e só melhoraria se aumentassem a quantidade de veículos”, disse.

A diarista Thaís Gonçalvez, de 28 anos, denunciou a falta de água nos bebedouros. “Nunca tem água”, garantiu. A auxiliar financeiro Juliane Corsini, de 23 anos, fez uma observação: “Seria melhor ter água nos bebedouros que internet Wi-Fi”, declarou.

Segundo o diretor do Departamento Operacional da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Luiz Alencar, são disponibilizados 583 carros para atender a 280 mil passageiros, nos dias úteis. Nos sábados o número de veículos é reduzido para 380 e nos domingos e feriados, 210, com exceção do Dia da Independência, aniversário de Campo Grande e véspera de Natal e Réveillon.

Questionado sobre a expectativa para a aquisição de novos veículos, Alencar diz que no início do ano foram adquiridos 24 novos carros que seriam entregues em agosto, no entanto, a fabricante Marcopolo não cumpriu o prazo e a entrega deve ocorrer na primeira quinzena de novembro.

A funcionária pública Yara Galhardo, de 43 anos, reclamou do pouco espaço para a quantidade de usuários do transporte coletivo. “São muitas pessoas esperando o ônibus e por isso não conseguimos nos acomodar e muitas vezes ficamos além da linha amarela, o que é perigoso”, alertou.

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