Deputados federais de MS que disputam eleições cortaram gastos do ‘cotão’
Em meses eleitorais deste ano, candidatos parecem ter “apertado os cintos” e usado bem menos dos R$ 36 mil aos quais têm direito na Câmara dos deputados. Ao todo, R$ 117.800,00 além do salário são pagos aos deputados para despesas.
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Em meses eleitorais deste ano, candidatos parecem ter “apertado os cintos” e usado bem menos dos R$ 36 mil aos quais têm direito na Câmara dos deputados. Ao todo, R$ 117.800,00 além do salário são pagos aos deputados para despesas.
O “cotão”, nome popular dado a CEAP (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar), foi menos usado nos últimos três meses pelos deputados federais de Mato Grosso do Sul. Dos oito, seis concorrem à reeleição e um deles é candidato ao governo de Mato Grosso do Sul.
A queda no uso das verbas, que varia por Estado e em Mato Grosso do Sul fica em R$ 36.949,65, só é verificada nos meses de junho, julho e agosto deste ano, segundo dados divulgados até o dia 27 de agosto pelo site da Câmara dos deputados.
Nos últimos meses, entretanto, os candidatos parecem ter “apertado os cintos”. Mas a redução se deve a uma norma interna da Casa, que proíbe que em meses de campanha os deputados usem a verba para divulgação da atividade parlamentar, um gasto que se mostra um dos maiores realizados com a verba do cotão.
Em média, os deputados do Estado gastam R$ 20 mil com locação de veículos, combustíveis, passagens aéreas, alimentação, serviços de segurança, serviços postais e telefonia.
O deputado federal Fábio Trad (PMDB), por exemplo, que chegou a gastar R$ 61.158,23 em agosto de 2013, baixou o gasto para R$ 244,28 neste mesmo mês do ano eleitoral.
O deputado Reinaldo Azambuja (PSDB), que já gastou R$ 46.617,78 no ano passado, não passou dos R$ 1.024,29 em agosto deste ano. Marçal Filho (PMDB) mantém os gastos abaixo dos R$ 38 mil e neste mês usou R$ 2.180,11 da verba.
Vander Loubet (PT) teve como maior gasto R$ 54.394,15, em fevereiro deste ano, e gastou R$ 7.745,24 em agosto. Já Henrique Mandetta (DEM) usou R$ 60.748,03 em julho do ano passado e R$ 442,07 em agosto deste ano.
O deputado Antônio Carlos Biffi (PT) gastou R$ 41.416,21 em agosto do ano passado e outros R$ 345,66 no mesmo mês este ano. Geraldo Resende (PMDB) usou R$ 49.925,64 em maio de 2013 e R$ 703,91 neste mês.
Akira Otsubo (PMDB) que não é candidato a reeleição e assumiu a vaga do deputado Edson Giroto em abril do ano passado tem a média mais alta de gastos e chegou a usar R$ 62.348,16 em abril deste ano.
A reportagem entrou em contato com todos os deputados candidatos à reeleição. A assessoria do deputado Marçal Filho não atendeu as ligações. Os deputados Vander Loubet e Fábio Trad também não.
A assessoria do deputado Reinaldo Azambuja garantiu que é ‘uma orientação constante’ a diminuição de gastos. “Além de ser proibido o uso de verba de gabinete para divulgação da atividade parlamentar, o deputado orientou corte de gastos em período de campanha eleitoral”.
O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) informou que a regra o impede de usar a verba para divulgação da atividade parlamentar, que são gastos com mídias em jornais e revistas, além de material próprio do candidato de divulgação.
“É norma da Casa, temos que cumprir. Além disso, esse período de campanha faz com que os gastos na Casa diminuam também. Mas eu sempre gasto pouco”, afirmou.
Antônio Carlos Biffi (PT) confirma que o gasto é significativo, mas acredita que ainda não seja suficiente. “A gente trabalha e tem que divulgar o que faz para a população, que tem o direito de ficar informada. Mesmo assim, a gente vê nas ruas que as pessoas não sabem qual a função de um deputado. Então eu acho que o valor deveria ser maior, para que a gente conseguisse divulgar o trabalho em todo o Estado”, opinou.
Para o deputado Geraldo Resende (PMDB), os gastos deveriam ser reduzidos. “Todos deveriam ter acesso ao trabalho do parlamentar de maneira mais barata. Pagar para divulgar o nosso trabalho é que faz com que os gastos aumentem e isso não deveria acontecer. Eu defendo que as cotas devam ser todas diminuídas”, afirmou.
Mais dinheiro
Além do “cotão”, os deputados têm R$ 78 mil de verba de gabinete, R$ 3,8 mil de auxílio-moradia, somando R$ 117.800,00 de verbas além dos R$ 26.723,13 de salário.
Os deputados federais de MS ainda têm direito a quatro jornais e uma revista, envelopes, etiquetas, papel ofício, cota para impressão e reprodução de documentos e publicações (120.000 por semestre) e cota de papelaria oficial (10.000 por semestre).
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