Criador do perfil ‘Corretor Ortográfico’ elege a pior gafe que já publicou

O corretor ortográfico automático do seu smartphone deveria ser seu melhor amigo. Mas, em várias ocasiões, parece mesmo que ele quer é “trollar” suas mensagens: troca gatinha por galinha, beijão por bujão, fazes por fezes, pai por pau e por aí vai. Foi uma gafe dessas que levou Kelber Luan Castro, 20, a criar o […]

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O corretor ortográfico automático do seu smartphone deveria ser seu melhor amigo. Mas, em várias ocasiões, parece mesmo que ele quer é “trollar” suas mensagens: troca gatinha por galinha, beijão por bujão, fazes por fezes, pai por pau e por aí vai. Foi uma gafe dessas que levou Kelber Luan Castro, 20, a criar o perfil “Corretor Ortográfico” no Twitter, que já tem mais de 50 mil seguidores. E ele “alerta”: o iPhone acaba ajudando a cometer mais gafes que outros smartphones.

A saga de Luan com as correções começa com seu nome. “As pessoas acham que sou Kleber, e não Kelber. De tanto explicar que é Kelber, passei a usar meu segundo nome [Luan] nas redes sociais”, disse em entrevista.

E, claro, ele também já foi “vítima” do corretor espertinho do celular. “A maior gafe foi com uma amiga que estava passando por alguns problemas. Escrevi ‘você tem que lutar’, mas o corretor corrigiu para ‘chupar’. Imagine o tamanho do meu constrangimento.”

O perfil “Corretor Ortográfico” foi criado em agosto, depois do sucesso de um tuíte publicado na sua conta pessoal: “Eu amo corretor automático, nem eu consigo endereço [sic] o que eu falo”. “Em quatro dias, o Corretor Ortográfico já estava com mais de 30 mil seguidores”, conta o jovem, que aproveitou para fazer outros dois perfis no Instagram e Facebook.

Castro, que mora em Cubatão (SP), afirma receber diariamente de 30 a 35 prints (capturas da imagem da tela dos smartphones) com as gafes causadas pelos corretores automáticos. A “melhor de todas”, elege ele, é a mensagem em que um rapaz, que tinha receio em paquerar uma jovem, acabou escrevendo “galinha” em vez de “gatinha” justamente quando tomou a iniciativa.

Embora não entenda tecnicamente como o corretor automático consegue gerar tantas pérolas, ele diz que o iPhone parece ser um tanto mais “malandro”. “Ele praticamente mostra a palavra que vai substituir depois de você já ter digitado tudo e ao dar espaço. No Android, eu não sei se funciona assim, mas meio que dá tempo de perceber a gafe.”

Outro “padrão” curioso, prossegue Castro, é que “em 60% dos casos as gafes envolvem sacanagem”, ou seja, termos de cunho sexual. “Acho que vai das conversas da pessoa. Se ela fala muita sacanagem, o corretor tende a corrigir para sacanagem independentemente do assunto”, brinca.

De tão “trollador”, o corretor automático já serve até de bode expiatório. “Já recebi algumas imagens de conversas em que a pessoa pede para ficar com a outra e, quando toma o fora, usa o corretor como desculpa.”

Por fim, Castro acredita que a principal fonte das gafes ainda é o elemento entre o celular e o teclado. “O erro não está no smartphone, mas sim em quem está usando e não presta tanta atenção no que digitou antes de enviar. Mas acredito que, se existisse um ‘corretor perfeito’, eu não iria querer viver nesse mundo, porque me divirto mais assim.”

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