Comércio perdeu R$ 240 mi no 1º dia de greve de ônibus no RJ
O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), Aldo Gonçalves, disse na manhã desta terça-feira que o comércio deixou de faturar cerca de R$ 240 milhões na última quinta-feira, quando houve a primeira paralisação dos rodoviários do Rio. “Na realidade não é prejuízo, é perda de faturamento. Em […]
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O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), Aldo Gonçalves, disse na manhã desta terça-feira que o comércio deixou de faturar cerca de R$ 240 milhões na última quinta-feira, quando houve a primeira paralisação dos rodoviários do Rio.
“Na realidade não é prejuízo, é perda de faturamento. Em relação à greve da semana passada, foi uma perda estimada em torno de 60%. O comércio do Rio fatura, em média, cerca de R$ 400 milhões. Ou seja, 60% daria 240 milhões. Arredondando, não faturamos por volta de R$ 250 milhões na semana passada”, afirmou.
Segundo Gonçalves, a perda de faturamento acontece, principalmente, porque os consumidores deixam de ir às ruas por causa da ausência de transporte público e os longos engarrafamentos, já que há mais carros particulares circulando.
“A perda de faturamento não é apenas porque os funcionários não conseguem chegar ou chegam atrasados, mas também porque as pessoas não vão as ruas fazer compras. As pessoas não saem de casa sem transporte. Elas só vão fazer compras daquilo que realmente são de grande necessidade”, disse.
O presidente do Sindilojas informou ainda que, caso o funcionário não consiga chegar ao local de trabalho por causa do transporte, o patrão tem de abonar a falta, pois a ausência do funcionário aconteceu “por motivo de força maior”.
“Se não tem transporte e o funcionário não consegue chegar, não é culpa dele. Tem que abonar (a falta). É por motivo de força maior, não depende dele chegar. É claro que alguns bairros têm acesso mais fácil. Alguns bairros têm metrô, outros são servidos pelos trens. Mas tem gente que vem de ônibus que não tem nem trem, nem metrô, então fica mais difícil para conseguirem chegar ao trabalho”, explicou.
O Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro) disse, em nota, que os transportes piratas que tentarem se aproveitar da greve para faturar através de trajetos não autorizados estão sujeitos a multas no valor de R$ 2.547. Os que descumprirem o quadro de horários recebem multas de R$ 1.127, e os que alterarem o itinerário arcam com sanções no valor de R$ 2.255.
A Polícia Militar informou, em nota, que quatro pessoas já foram detidas e encaminhadas a delegacias de polícia por tentarem impedir a circulação de coletivos na capital fluminense. Duas pessoas obrigaram um motorista a parar um ônibus na pista lateral da avenida Brasil, principal ligação entre as zonas norte e oeste e o Centro do Rio, próximo ao mercado São Sebastião, na Penha, zona norte. Eles quebraram a chave do coletivo e foram conduzidos para a delegacia do bairro.
Já na Praça Saens Peña, na Tijuca, também na zona norte, policiais do Batalhão de Choque avistaram duas motos tentando forçar um motorista de ônibus a desembarcar do veículo. Eles tentaram fugir, mas foram detidos e conduzidos a delegacia de polícia do bairro.
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