Com a mudança no clima, doenças respiratórias típicas do frio começam a atacar
Com a queda de pelo menos 10°C na temperatura, registrada entre a última segunda-feira (5) e terça-feira (6), a saúde é a primeira a sentir a diferença. Coceira no nariz, espirro e dor de cabeça são aspectos que vem junto com a mudança de clima. Crianças, idosos e pessoas que já têm algum tipo de […]
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Com a queda de pelo menos 10°C na temperatura, registrada entre a última segunda-feira (5) e terça-feira (6), a saúde é a primeira a sentir a diferença. Coceira no nariz, espirro e dor de cabeça são aspectos que vem junto com a mudança de clima. Crianças, idosos e pessoas que já têm algum tipo de alergia tendem a sofrer mais com alergias e gripe.
Somente na tarde desta terça-feira, a Unidade de Pronto Atendimento da Vila Almeida, em Campo Grande (MS), recebeu, pelo menos, três casos de pacientes com sintomas semelhantes aos da gripe. “Tive que trazer minha filha de 4 anos, porque ela tem problema de garganta e piorou de ontem para hoje”, conta Rosalina Ferreira Barbosa. A mãe conta, ainda, que basta mudança de clima, principalmente tempo seco e frio, para o problema de garganta da filha piorar.
Oficialmente, o verão se despediu em 20 de março de 2014 e, com isso, o natural é que as temperaturas comecem a baixar. Entretanto, segundo o médico pneumologista e alergista Roni Marques, o frio não é o grande vilão em casos de doenças respiratórios e alergias. “As alergias pioram no frio, sim, mas não pelas baixas temperaturas e sim pelo agasalho que está guardado há tempos e está cheio de ácaros”, conta.
Segundo o alergista, o que é nocivo para saúde, principalmente para os que têm alguma alergia, é o tempo seco. “A baixa umidade relativa do ar é que faz mal para mucosa respiratória. Com o tempo seco, resseca ainda mais”, ressalta.
A alergia mais comum, de acordo com o médico, é a de ácaros. Por isso, o ideal é que antes que o frio chegue de uma vez, casacos, edredons e cobertores sejam lavados, recomenda. Em seguida, o indicado é estender ao sol as peças de frio para que o calor elimine os ácaros e guardá-las em sacos plásticos.
Entre abril e agosto é quando se registra maior volume de atendimentos nos consultórios. “Aumenta consideravelmente”. Asma, bronquite, pneumonia e rinite são as doenças respiratórias que mais atacam nesta época do ano, segundo Roni.
Independente de quem já tem algum problema crônico de respiração ou quem desenvolve apenas em épocas específicas, a recomendação é a mesma: lavar com antecedência casacos e cobertores e evitar que se acumulem ácaros. Além disso, o recomendável é procurar um médico especialista. “Somente depois de testes específicos e o problema diagnosticado que é possível encontrar a solução”.
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