Cheia do rio Paraguai suspende aulas nas escolas ribeirinhas
A Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria de Educação, está suspendendo as aulas nas escolas localizadas nas regiões ribeirinhas devido às inundações que estão ocorrendo em virtude da cheia do rio Paraguai. As primeiras escolas que tiveram suas aulas paralisadas foram das regiões da Barra do São Lourenço e do Paraguai Mirim (Extensões da […]
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A Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria de Educação, está suspendendo as aulas nas escolas localizadas nas regiões ribeirinhas devido às inundações que estão ocorrendo em virtude da cheia do rio Paraguai.
As primeiras escolas que tiveram suas aulas paralisadas foram das regiões da Barra do São Lourenço e do Paraguai Mirim (Extensões da Escola Municipal Rural Porto Esperança), no alto Paraguai. Isto ocorreu no início de maio, quando as duas unidades foram invadidas pelas águas, impedindo continuidade das aulas.
No dia 15 de maio, a Secretaria de Educação suspendeu também as aulas na Extensão Sebastião Rolon (Escola Porto Esperança), na Colônia do Bracinho, região do Taquari, devido ao alagamento de toda a região, inclusive das vias de acesso à escola.
A secretária de Educação, Roseane Limoeiro, informa que as aulas nas escolas do alto Paraguai (São Lourenço e Paraguai Mirim) foram paralisadas: as águas do Rio Paraguai inundaram os dois prédios.
Já em relação à escola da Colônia Bracinho, a paralisação se deveu ao fato de que as vias de acesso ao estabelecimento, localizado no Porto Sairú, estão com acesso prejudicados devido ao alagamento que atinge todo o Pantanal Sul.
Ela lembra que o transporte nas escolas ribeirinhas do alto Paraguai (São Lourenço, Paraguai Mirim e outras), é realizado por meio de embarcações apropriadas para o transporte escolar.
Já na extensão da Colônia Bracinho, o transporte tem que ser via terrestre. Uma alternativa foi um veículo traçado (Toyota Bandeirante) bastante utilizado na região pantaneira. No entanto, devido à subida do nível das águas, não houve como dar continuidade aos serviços (o veículo sofreu uma pane ao atravessar um trecho arenoso que já estava alagado).
Diante disso, conforme o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), as ajulas foram paralisadas, devendo retornar na segunda quinzena de agosto, dependendo as condições da cheia n o pantanal.
A Lei, em seu artigo 23, parágrafo 2º, diz que o calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridade locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isto reduzir o número de horas letivas, previstos na Lei. Já o artigo 28 diz que na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adequações necessárias a sua adequação, às peculiaridades da zona rural e de cada região, especialmente: inciso 2 organização escolar própria, incluindo adequação do calendários escolas às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas.
A Secretaria de Educação está avaliando também a possibilidade de suspender as aulas em outras regiões ribeirinhas e em áreas alagáveis. Uma delas é do Porto da Manga. Com a interdição da Estrada Parque Pantanal Sul e a suspensão dos serviços de travessia da balsa, o acesso à escola está dificultado, principalmente por parte dos professores, bem como atendimento àquela unidade com alimentos e materiais de insumos.
Transporte
A secretária Roseane Limoeiro informou ainda que, em relação ao transporte escolar dos alunos da Colônia Bracinho, a Prefeitura está ultimando processo licitatório para aquisição de um veículo em condições de trafegar em uma região como o Taquari. A expectativa é que no retorno das aulas, previstas para agosto, quando as águas abaixarem, o novo transporte já esteja funcionando.
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