Campo-grandenses fazem sacrifícios para garantir presença na Copa do Mundo no Brasil

Para assistir a um dos jogos da Copa do Mundo, a ser realizada no Brasil após 64 anos, campo-grandenses se organizam e apertam o orçamento pelo sonho de “participar” do mundial de futebol

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Para assistir a um dos jogos da Copa do Mundo, a ser realizada no Brasil após 64 anos, campo-grandenses se organizam e apertam o orçamento pelo sonho de “participar” do mundial de futebol

Não importa se vai passar um pouco do orçamento, ou se terão pouco tempo para curtir a cidade sede dos jogos, mas alguns campo-grandenses se organizaram desde o ano passado e agora contam os dias para assistir a um dos jogos da Copa do Mundo, que acontece no Brasil novamente após 64 anos.

Sem nem pensar em perder a oportunidade, Leandro Augusto, de 23 anos, e seu colega de trabalho em uma loja de materiais de construção, de 40 anos, prometeram ir a qualquer jogo da Copa e embarcam dia 13 de junho para Cuiabá (MT).

“Primeiro pensei em um dia que não ia atrapalhar o meu trabalho. Depois, na disponibilidade dos ingressos e vi que seria mais difícil e caro ir a um jogo da seleção brasileira. Então decidimos ir a uma cidade mais próxima e que saísse mais barato, só para não perder a oportunidade”, conta.

Ambos vão acompanhar a disputa entre Chile e Austrália e já até decidiram por quem torcer. “A gente queria fazer uma camiseta com as bandeiras dos dois times, mas como não deu vamos torcer pelo Chile”, brinca.

A luta pelo sonho de não perder o futebol no país começou em outubro quando eles pediram os ingressos pelo site e aguardaram a aprovação. Na época, até lugares de R$ 60 estavam disponíveis, mas eles escolheram uma melhor visão do campo a R$ 350. “As passagens já estão compradas desde dezembro também e parcelamos no cartão. Mas ao todo vamos gastar R$ 750”.

O grande drama é a hospedagem. “Vamos na loucura mesmo, não reservamos nenhum lugar. Como chegamos às 11 horas e  o jogo é só à noite, acho que andando a gente acha um lugar para dormir. Se não acharmos, serve um barraco mesmo. Vamos para não perder a oportunidade”. Os dois voltam na tarde do sai seguinte ao jogo.

O assessor parlamentar Leandro Silva Ferreira, de 29 anos, vai à Brasília com um casal de amigos e quando eles compraram os ingressos, nem sabiam a que jogo iriam assistir. “A gente decidiu pelo Grupo C, que teria a primeira disputa no dia 18 em Brasília. Avaliamos todas as cidades próximas como Cuiabá, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro e decidimos que seria melhor ver um jogo por lá”.

Os três vão acompanhar a disputa entre Colômbia e Costa do Marfim às 13 horas. Cada um gastou R$ 300 por ingresso e as passagens ficaram em R$ 600 ida e volta. “É um evento que não acontece há anos no Brasil e que não vai voltar a acontecer tão cedo. Perdemos a Copa das Confederações no ano passado e dessa vez não tinha como não ir. Quando a gente planeja, não foca tão caro e vale a pena”, explica.

Para hospedagem, o trio teve sorte de ter emprestado o apartamento de um amigo que estará viajando no dia do jogo. “É perto do estádio e vamos a pé no dia. Voltamos no outro porque trabalhamos e não poderemos nos estender por lá, mas vai ser ótimo”, planeja.

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