Berd quer ajudar bancos no Brasil a financiar projetos de eficiência energética

O Berd (Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimentod), por meio de uma parceria com o fundo internacional Global Environment Facility, quer ajudar bancos brasileiros a financiar projetos de eficiência energética. Em entrevista à Agência Brasil, durante o Fórum Global de Crescimento Sustentável (3GF), em Copenhague, na Dinamarca, o presidente do banco, Suma Chakrabarti, disse…

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O Berd (Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimentod), por meio de uma parceria com o fundo internacional Global Environment Facility, quer ajudar bancos brasileiros a financiar projetos de eficiência energética.

Em entrevista à Agência Brasil, durante o Fórum Global de Crescimento Sustentável (3GF), em Copenhague, na Dinamarca, o presidente do banco, Suma Chakrabarti, disse que a parceria com o fundo visa a impulsionar projetos de eficiência energética em diferentes países, entre eles o Brasil. “Empresas que investem em eficiência energética reduzem seus custos de energia, se tornam mais competitivas e, acima de tudo, contribuem para frear as mudanças climáticas”, destacou.

Ele observou que um terço dos projetos do Berd atualmente é na área de eficiência energética. Ao todo, 700 projetos foram desenvolvidos nesse setor desde 2006, representando investimento de mais de US$ 15 bilhões.

O diretor de Eficiência Energética e Mudanças Climáticas do Berd, Josué Tanaka, esteve no Brasil recentemente para acertar os primeiros detalhes da parceria que garantirá a transferência do modelo para o país. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é o principal parceiro, mas bancos comerciais também serão envolvidos. “Como muitos dos projetos são de pequeno e médio porte, é preciso ter a capilaridade que os bancos comerciais têm para garantir acesso mais fácil às empresas”, disse ele. Pelo menos oito instituições financeiras estão sendo sondadas pelo Berd.

Tanaka ressaltou que o Brasil tem uma base de energias renováveis muito forte, principalmente por causa das hidrelétricas, mas que na área de eficiência energética, como vários outros países, ainda apresenta desenvolvimento abaixo do potencial. “Mas percebemos que a demanda aumentou muito nos últimos tempos, com os problemas de abastecimento de energia resultantes de condições meteorológicas desfavoráveis e com a expectativa de aumento nos custos de energia. Acreditamos que, cada vez mais, as empresas vão buscar reduzir o seu gasto energético”, acrescentou.

Para o diretor do Berd, o desafio para 2014 é fazer um diagnóstico sobre a eficácia do modelo para a realidade brasileira. “Queremos saber em que medida esse modelo que desenvolvemos se aplica ao Brasil, quais são os ajustes que teremos que fazer e qual será o apetite dos bancos em relação a esse tipo de financiamento”, disse.

No modelo de projeto de eficiência energética aplicado atualmente pelo banco, as empresas são submetidas a uma auditoria externa que identifica a natureza do projeto a ser desenvolvido e calcula o retorno financeiro associado ao investimento. A partir daí, o pedido de financiamento é feito ao banco. “A ideia é que, pelo menos no início, a auditoria, a ser feita por consultores privados, seja financiada com recursos do fundo internacional Global Environment Facility”, observou Tanaka. Ele acredita que, se houver real interesse dos bancos brasileiros, o financiamento de projetos de eficiência energética no país deve começar no primeiro semestre de 2015.

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