BCE corta taxas de juros para combater ameaça de deflação na zona do euro

O Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juros para novas mínimas recordes nesta quinta-feira, reduzindo inesperadamente os custos de empréstimo na tentativa de elevar a inflação de níveis mínimos e sustentar a estagnada economia da zona do euro. O BCE cortou sua principal taxa de refinanciamento para 0,05 por cento, ante 0,15 por […]

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O Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juros para novas mínimas recordes nesta quinta-feira, reduzindo inesperadamente os custos de empréstimo na tentativa de elevar a inflação de níveis mínimos e sustentar a estagnada economia da zona do euro.

O BCE cortou sua principal taxa de refinanciamento para 0,05 por cento, ante 0,15 por cento. O presidente do BCE, Mario Draghi, dissera após a última redução de juros do BCE em junho que “para todos os propósitos práticos, alcançamos o limite menor”.

Em um discurso marcante em 22 de agosto, no entanto, Draghi disse que indicações de mercados financeiros mostravam que as expectativas de inflação “exibiam quedas significativas em todos os horizontes” em agosto.

A inflação na zona do euro desacelerou para 0,3 por cento no mês passado, caindo ainda mais abaixo da meta do BCE de pouco menos de 2 por cento e levantando o espectro de deflação na zona do euro.

O BCE disse também nesta quinta-feira que reduziu a taxa de juros sobre depósitos overnight para -0,20 por cento, o que significa que os bancos pagam para deixar fundos no banco central, e que cortou a taxa de empréstimo para 0,30 por cento.

Os mercados agora voltam suas atenções para a entrevista à imprensa de Draghi às 9h30 (horário de Brasília), na qual ele deve explicar mais detalhadamente a decisão do BCE.

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