Ataque suicida mata 23 recrutas do Exército do Iraque
Um atacante suicida matou 23 recrutas iraquianos e feriu 36 em Bagdá nesta quinta-feira, disseram autoridades, em um atentado contra homens que se apresentavam como voluntários para tomar parte na luta do governo para esmagar os militantes ligados à rede Al Qaeda na província de Anbar. O porta-voz do Centro de Operações de Segurança de […]
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Um atacante suicida matou 23 recrutas iraquianos e feriu 36 em Bagdá nesta quinta-feira, disseram autoridades, em um atentado contra homens que se apresentavam como voluntários para tomar parte na luta do governo para esmagar os militantes ligados à rede Al Qaeda na província de Anbar.
O porta-voz do Centro de Operações de Segurança de Bagdá, brigadeiro-general Saad Maan, disse que o homem-bomba se explodiu em meio a recrutas no pequeno campo de pouso de Muthanna, usado pelo Exército na capital. Maan estimou o total de mortos em 22, mas autoridades do Ministério da Saúde disseram que o registro do necrotério indicava a morte de 23 pessoas.
Nenhum grupo reivindicou de imediato a responsabilidade pelo ataque, ocorrido um dia depois de o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, ter dito que iria erradicar o “mal”, referindo-se à Al Qaeda e seus aliados.
Combatentes do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à Al Qaeda e que também está na linha de frente na guerra civil da Síria, tomaram na semana passada o controle de Faluja e partes de Ramadi, capital da província de Anbar, no oeste do país.
O governo iraquiano, liderado pelos muçulmanos xiitas, pediu que voluntários se unissem ao esforço militar contra a Al Qaeda, que voltou a ganhar força em áreas dominadas pelos sunitas, como Anbar, em parte por explorar o profundo ressentimento dos sunitas contra as políticas de Maliki.
A violência no Iraque atingiu seu ponto mais alto em cinco anos – a Organização das Nações Unidas registrou 8.868 mortos em 2013 -, um aumento alimentado, em parte, pela guerra iniciada na Síria alguns meses antes de as forças dos Estados Unidos encerrarem, em 2011, oito anos de ocupação no Iraque.
FALUJA MAIS CALMA
Moradores de Faluja disseram que o dia foi calmo, depois de uma noite de ataques com fogo de morteiros. Os militantes se mantiveram discretos. As tropas na periferia não fizeram nenhuma tentativa de entrar na cidade, abandonada por boa parte dos 300.000 moradores depois de confrontos na semana passada.
Mas não ficou claro se um acordo firmado entre o governo de Maliki e líderes tribais sunitas, pelo qual os militantes se retirariam e o Exército não entraria em Faluja, poderá encerrar a disputa pelo controle da cidade, situada 70 quilômetros a oeste de Bagdá.
Milhares de civis deixaram Faluja depois que o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante e aliados de tribos sunitas assumiram o controle de delegacias de polícia há dez dias, mas alguns retornaram na esperança de que as negociações vão evitar um ataque em grande escala contra a cidade, a qual foi alvo de duas devastadoras ofensivas das forças dos EUA contra insurgentes sunitas em 2004.
Segundo a ONU, mais de 11.000 famílias deixaram suas casas na província de Anbar.
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