Argentina pede a juiz que suspenda ordem de pagamento de dívida

A Argentina pediu na segunda-feira (21) ao juiz norte-americano Thomas Griesa que suspenda uma ordem de pagamento a detentores de dívida que não participaram de uma reestruturação da dívida do país após o calote de 2002. Diante do prazo de 30 de julho para chegar a um acordo ou enfrentar novo default, a Argentina apresentou […]
| 22/07/2014
- 15:00
Argentina pede a juiz que suspenda ordem de pagamento de dívida

A Argentina pediu na segunda-feira (21) ao juiz norte-americano Thomas Griesa que suspenda uma ordem de pagamento a detentores de dívida que não participaram de uma reestruturação da dívida do país após o calote de 2002.

Diante do prazo de 30 de julho para chegar a um acordo ou enfrentar novo default, a Argentina apresentou documentos ao juiz federal de Nova York para pedir a suspensão da decisão que estabelece o pagamento a crededores de US$ 1,33 bilhão mais juros.

A Argentina, que vem participando de negociações para chegar a uma solução, afirmou que qualquer acordo deve levar em conta outros detentores de títulos e também uma cláusula em seus títulos reestruturados que lhe permitiria contrair mais dívidas.

 

“Enquanto continuam esses riscos, também permanecem a necessidade e pertinência de uma suspensão (da ordem)”, escreveram os advogados da Argentina.

Não é a primeira vez que a Argentina pede uma medida cautelar, o que já foi rechaçado pelo juiz distrital norte-americano Thomas Griesa.

Nesta terça-feira (22), Griesa deve ouvir uma série de pedidos da Argentina, detentores de títulos e instituições financeiras sobre a aplicação de sua ordem que exige o pagamento aos credores.

 

Novo calote

A Argentina está à beira de um novo calote por uma série de decisões de tribunais dos Estados Unidos, que forçaram o país a negociar com investidores que não aceitaram participar das restruturações da dívida após a crise de 2002.

Após se recusar a saldar a dívida pública de US$ 100 bilhões, em 2001, o governo argentino negociou o pagamento com desconto e dividido em parcelas. Uma parte dos credores concordou, mas um grupo de fundos, a maioria nos EUA, exige receber de forma integral.

 

O governo da presidente Cristina Kirchner tem até 30 de julho para alcançar um acordo com os chamados holdouts – credores que não aceitaram os termos das negociações da dívida argentina -, em uma disputa que levou a terceira maior economia da América Latina à beira do segundo calote em 12 anos.

Veja também

Confira o filme publicitário comemorativo dos 46 anos de MS, com narração do cantor Paulo Simões, compositor de "Trem do Pantanal"

Últimas notícias