Após diligências em UPAs, promotora constata que pacientes ficam até três dias nas unidades
Diligências aconteceram nas UPAs Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário. A promotoria constatou falta de leitos para pacientes adultos, equipamentos com defeitos e pacientes que chegam a aguardar mais de três dias.
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Diligências aconteceram nas UPAs Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário. A promotoria constatou falta de leitos para pacientes adultos, equipamentos com defeitos e pacientes que chegam a aguardar mais de três dias.
A 32ª Promotoria de Justiça da Saúde de Campo Grande realizou nesta segunda-feira (1º) diligências em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) dos bairros Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário, com o objetivo de prosseguir com a investigação sobre a falta de leitos na Santa Casa e que acarreta na permanência de pacientes nessas unidades. A promotora de Justiça Filomena Aparecida Depólito Fluminhan constatou que pacientes chegam a ficar internados até três dias.
As diligências foram feitas após a Promotoria expedir recomendações à Prefeitura e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e de participar de reuniões com representantes do setor de saúde e de hospitais nos últimos dias.
De acordo com a Promotoria, a falta de leitos na Santa Casa, o maior hospital do Estado, faz com que a permanência de pacientes nas unidades de pronto-atendimento seja superior a 24 horas, e em alguns casos, pacientes chegam a aguardar três dias pela disponibilização de vaga de leito hospitalar.
Segundo a legislação, os pacientes em observação nas UPAs devem permanecer até 24 horas para diagnóstico ou estabilização clínica. Segundo a promotora, a necessidade de internação efetiva no ambiente hospitalar para que o paciente tenha acesso ao tratamento adequado não está sendo cumprido pela ausência de leitos hospitalares de adulto.
A promotora constatou ainda falta de equipamentos fundamentais ao funcionamento nas três unidades de saúde. De acordo com Filomena Fluminhan, na UPA Coronel Antonino os equipamentos estão defasados e apresentam defeitos, e alguns apresentam tecnologia inferior aos da viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Outro ponto levantado pela diligência é que não há falta de leitos hospitalares para crianças e adolescentes nas três unidades. Na UPA Coronel Antonino, verificou-se que havia sobra de dois leitos sem ocupação na ala pediátrica, bem como havia dois adultos que foram alocados para a ala pediátrica, por não haver disponibilidade na ala de adultos.
Ainda na UPA Coronel Antonino, constatou-se que uma paciente que está internada desde 24 de agosto de 2014 e que aguardava vaga no CAPS (Centro de Apoio Psicossocial).
Na diligência realizada na UPA da Vila Almeida, a promotora entrevistou quatro profissionais que informaram que a maior demanda é para pacientes que aguardam CAPs, pneumonia, AVCs e infartos, demonstrando que a demanda mais reprimida está nas especialidades de psiquiatria, clínica médica, cardiologia e infectologia. Os profissionais acrescentaram, ainda, que nos últimos meses pacientes chegaram a ficar mais de cinco dias internados; porém, nas últimas semanas, a transferência está mais rápida.
Os entrevistados ainda confirmaram que pacientes vítimas de infarto e AVC, que deveriam ser encaminhados à unidade hospitalar no período máximo de três horas após o infarto e de 4 a 5 horas na hipótese de AVC, permanecem naquela unidade aguardando leito hospitalar. Com a demora, no considerável agravo no seu estado de saúde, podendo ser irreversível ou até mesmo, morrer.
Já na UPA do Universitário, a equipe entrevistou quatro profissionais que informaram que a falta de leitos é na área de clínica médica, cardiologia e infectologia. Segundo os entrevistados, a maior dificuldade para obtenção de leitos hospitalares ocorre com pacientes a serem encaminhados aos CAPs e, respectivamente, para clínica médica, neurologia (AVC), cardiologia e infecto, mas já presenciaram pacientes internados por mais de três dias.
Na UPA Coronel Antonino, a promotora constatou que a maior demanda é para pacientes adultos e ocorre nas seguintes áreas de psiquiatria, clínica médica, cardiologia e infectologia. Na unidade, a maior dificuldade para obtenção de leitos hospitalares está em relação aos pacientes a serem encaminhados nas mesmas especialidades das demais.
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