Viúva de advogado cobra pena exemplar de acusados de intermediar assassinato

Anesia dos Santos Nogueira de Souza, viúva do advogado Nivaldo Nogueira de Souza, assassinado no dia 23 de março de 2009, em Costa Rica, espera a condenação dos acusados pelo crime. Ela pediu a pena máxima para Edoildo Ramos, um dos três suspeitos que está sendo julgado hoje (28), na 1ª Vara do Tribunal do […]

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Anesia dos Santos Nogueira de Souza, viúva do advogado Nivaldo Nogueira de Souza, assassinado no dia 23 de março de 2009, em Costa Rica, espera a condenação dos acusados pelo crime. Ela pediu a pena máxima para Edoildo Ramos, um dos três suspeitos que está sendo julgado hoje (28), na 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande.

“Espero que todos peguem pena correspondente ao fato que participou”, desabafou a viúva ao ser questionada sobre o julgamento de Edoildo Ramos, Jairo Roberto Cardoso e Willia Inácio Rodrigues. A sentença deverá sair no final da tarde desta terça-feira (28).

Anesia destaca que Edoildo Ramos deve ter mais rigor na sentença. “Edoildo deve pegar pena maior, pois foi frio e calculou todo o esquema sem pensar que estava executando um pai amoroso e esposo exemplar”, desabafou a viúva.

Para a acusação, o crime aconteceu a mando do pecuarista Oswaldo José de Almeida, já que o advogado lutava em busca de seus honorários trabalhistas. O pecuarista agiu, segundo o MPE, por vingança porque o advogado estava perturbando a vida dele.

No dia 23 de abril, foram condenadas três pessoas pela execução da vítima. Os jurados entenderam que os réus cometeram o crime de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A viúva está confiante na condenação de todos. “Com certeza este júri vai definir que crime não compensa qualquer vingança. Estou acreditando que todos pagarão, através da lei, todo o mal que provocaram”, concluiu.

Crime

As investigações apontam que David da Silva Rosendo e Michel Leandro dos Reis ficaram de tocaia na esquina, aguardando a saída do advogado de um comércio. Os dois passaram primeiro de moto em frente à lanchonete, mas resolveram dar mais uma volta.

Depois, Michel sacou a arma e desferiu tiros a curta distância, atingindo a cabeça de Nivaldo. Os demais réus teriam agido mediante promessa de recompensa no valor de R$ 40 mil.

O pistoleiro Michel, que confessou ter negociado matar o advogado por R$ 25 mil, foi condenado a 14 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, motivo torpe e ter dificultado a defesa da vítima.

O júri popular também condenou David por ter levado Michel até a lanchonete. Ele foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado e formação de quadrilha.

O terceiro condenado foi Francisco Pereira Feitoza, que contratou os encarregados pelo crime, foi setenciado a 16 anos de prisão por não colaborar com a Justiça.

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