Sucateira multada por foco de dengue em terreno se diz perseguida pela Prefeitura

Com três multas para pagar, totalizando mais de R$ 1.500, a sucateira Josiane Almeida Santiago se diz perseguida pela prefeitura de Campo Grande. Ontem (21), uma liminar de antecipação de tutela, expedida pela 4ª Vara da Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, determinou que proprietária de imóvel efetuasse a limpeza e organização do terreno localizado no bairro Jardim Centenário.

De acordo com a sucateira, vários terrenos da região estão acumulando lixo, além de servirem de criação de animais, por isso, se diz vítima de uma injustiça. “Mesmo que eu limpe todo o meu terreno, olha este da frente, cheio de entulho. Já teve gente que morreu de leishmaniose no bairro”, comenta. Segundo ela, apenas uma vez o agente de saúde esteve no local.

Na liminar consta que Josiane deve acabar com todo e qualquer foco que permita o desenvolvimento de larvas do mosquito Aedes Aegypti, eliminar de resíduos sólidos inutilizáveis e que colaboram para o aparecimento da fauna sinatrópica e a retirada dos animais de criação proibida na zona urbana.

De acordo com vizinhos que não quiseram se identificar, a reciclagem causa transtornos aos moradores da região. “Vem cheiro forte de queimado e principalmente mosquitos e ratos. Todos os vizinhos aqui reclamam. A gente sempre tem que coloca veneno para afastar os ratos”, afirma um dos vizinhos da reciclagem. Com relação às visitas doa agentes de saúde, a mesma moradora diz que não tem queixas. “Sempre vem agente de saúde aqui em, faz vistoria em tudo”, comenta o morador.