Sindicatos dos servidores em educação não chegam a acordo sobre greve e reajuste

Dois sindicatos que representam os servidores municipais em educação de Campo Grande não conseguem entrar em um consenso quanto ao reajuste pleiteado junto à prefeitura. As divergências giram em torno do pedido feito pelos filiados do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), que pedem aumento de 15%, e do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública […]

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Dois sindicatos que representam os servidores municipais em educação de Campo Grande não conseguem entrar em um consenso quanto ao reajuste pleiteado junto à prefeitura. As divergências giram em torno do pedido feito pelos filiados do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), que pedem aumento de 15%, e do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), que estabeleceram 31,61%.

Na manhã de hoje (1º), cerca de 200 filiados ao Sisem, organizaram um protesto em frente ao Paço Municipal – onde está o gabinete do prefeito Alcides Bernal (PP) – e cobravam o reajuste mais um ganho de bonificações. A data foi escolhida para reforçar as propostas em alusão ao Dia do Trabalhador, comemorado hoje.

Além disso, os manifestantes pediam a aprovação do plano de cargos e carreira dos servidores, e a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais. “Enviamos nossa proposta ao Bernal no dia 28 de março, e reforçamos o pedido no dia 15 de abril”, explica o presidente do Sisem, Marcos Tabosa.

No último dia 27, o presidente do ACP, Geraldo Gonçalves, esteve reunido com Bernal para apresentar o pedido dos 31,61%. O índice foi estabelecido para que os salários dos professores atinjam o piso nacional de R$ 1.567, estabelecido pela lei 11.738, de 2008. Hoje, os professores da rede municipal recebem R$ 1.191,02, conforme tabela apresentada pelo ACP.

“Essa proposta do ACP não condiz com a realidade. Além do reajuste linear, concedido todos os anos para os servidores, nossa categoria precisa das bonificações e da aprovação do plano de carreira”, comentou Tabosa durante o manifesto. Ele conta que conversou na noite de ontem com Gonçalves, mas não houve um consenso entre os representantes dos sindicatos.

Sisem defende greve; ACP “descarta completamente” esta possibilidade

Depois de receber o presidente do ACP, Bernal explicou que fará uma análise das finanças do município, e assegurou que o reajuste será “bem acima da inflação” (6,43%), adotada como referência para o reajuste dos funcionários públicos. O estudo será feito por uma equipe formada pelos secretários municipais José Chadid (Educação), Wanderley Bem Hur (Finanças), e Ricardo Ballock (Administração).

Gonçalves “descarta completamente” qualquer possibilidade de greve caso o índice pedido não possa ser cumprido pela prefeitura. “Nunca cogitamos isso. Fomos bem recebidos pelo prefeito, que deu atenção a nossa proposta. Sabemos da nossa responsabilidade, porque estamos falando de suspender a educação”, acrescenta.

Já Tabosa, afirma que caso Bernal não apresente um índice satisfatório de reajuste e um plano de carreira, uma reunião será marcada para estabelecer greve na categoria. “Vamos fazer uma assembleia no Sisem na próxima terça-feira (7), e discutir como será a paralisação”, afirma.

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