Secretaria de Saúde alerta sobre uso de medicamentos
As vigilâncias sanitárias Estaduais e Municipais alertam à população sobre os casos de intoxicação por medicamentos para tosse ou gripe adquiridos no Paraguai, que estão provocando falta de ar, sonolência, cianose (lábios roxos) e podem causar a morte. O alerta reforça que a população não deve consumir os seguintes medicamentos: Mentovick xarope; Tegnogrip Plus Núcleo […]
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As vigilâncias sanitárias Estaduais e Municipais alertam à população sobre os casos de intoxicação por medicamentos para tosse ou gripe adquiridos no Paraguai, que estão provocando falta de ar, sonolência, cianose (lábios roxos) e podem causar a morte.
O alerta reforça que a população não deve consumir os seguintes medicamentos: Mentovick xarope; Tegnogrip Plus Núcleo – comprimido; Tegnogrip BB- xarope; Medibron – xarope; Bronolex – gotas orais; e Bronalar – xarope; todos adquiridos no Paraguai.
Outra orientação é a de que a população não se automedique ou consuma qualquer medicamento sem a orientação do médico ou farmacêutico, mesmo que já tenha sido utilizado anteriormente. Respeite a dosagem e os intervalos que o médico tenha indicado.
Caso, após tomar algum medicamento, o paciente apresentar qualquer sintoma anormal ou citado anteriormente, especialmente dificuldade de respirar e sonolência, procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima. No momento da consulta, o paciente deve informar ao médico se tomou algum medicamento, e se possível levar o medicamento para o médico.
Caso tenha adquirido algum dos medicamentos citados as autoridades médicas solicitam que os frascos ou cartelas sejam entregues na unidade de saúde mais próxima de sua casa ou na Vigilância Sanitária Municipal para que seja dada a destinação adequada.
Nesta terça-feira (01) pela manhã, autoridades sanitárias e médicas do município e do Estado e o secretário municipal de Saúde, Eduardo Rodrigues, estiveram reunidos no Centro de Especialidades Médicas para traçar planos de ação em torno da questão gerada pelos óbitos provenientes do consumo de medicamentos suspensos pela Vigilância Sanitária.
Os casos se concentram na região de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, onde muitas crianças teriam utilizado alguns destes medicamentos e que teriam provocado quadros graves que variam de dispnéia, insuficiência respiratória, sonolência, coma e óbito.
Conforme a nota divulgada pelo Ministério da Saúde do Paraguai, os medicamentos com esse princípio estão proibidos de serem comercializados no país. As crianças que ingeriram o medicamento apresentaram sintomas de intoxicação caracterizada por dificuldade respiratória, sonolência e intensa cianose (coloração azul-arroxeada da pele e lábios).
DOURADOS
No município de Dourados/MS, duas crianças procedentes de Ponta Porã foram internadas na UTI de um hospital em estado grave com insuficiência respiratória aguda, cianose e sonolência, após aproximadamente 01 semana tiveram alta. O medicamento utilizado pelas crianças foi o Mentovick.
PONTA PORÃ
No município de Ponta Porã/MS, cinco casos envolvendo crianças que consumiram medicamento Mentovick a base de dextrometorfano. As vitimas apresentaram quadro de insuficiência respiratória, dispnéia e cianose (lábios arroxeados). Os casos são investigados pela vigilância epidemiológica sendo que quatro casos foram confirmados com crianças
internadas pelo consumo do medicamento e há um óbito em investigação.
PROVIDÊNCIAS
Diante do conhecimento da suspensão da comercialização dos medicamentos a base de dextrometorfano, produzido pela indústria Paraguaia Indufar, a Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária adotou as seguintes ações e medidas:
1- Investigação dos casos em parceria com as secretarias municipais de saúde de Ponta Porã e Dourados, com acompanhamento da evolução dos casos, intercâmbio e troca de informações diárias;
2- Comunicado dos casos à ANVISA/Nadav;
3- Emissão de Alerta Sanitário destinado à população, aos profissionais de saúde e as Secretárias Municipais de Saúde a incluir nos seus protocolos de atendimento nos prontos socorros e UBS, nas fases de pré-consulta e anamnese médica questionamento a respeito do consumo de medicamentos do Paraguai para tosse ou gripe contendo dextrometorfano (mentovick, tecnogrip plus, medibron, bronolex ou bronalar) pelo paciente nas últimas 48 horas.
4- Recomendar à população que não utilize medicamentos fabricados no Paraguai, visto que estes produtos não possuem registro no órgão sanitário brasileiro (ANVISA) e que, portanto, estes produtos não possuem sua segurança e eficácia reconhecidos ou comprovados. A legislação brasileira proíbe a distribuição, transporte, comércio, prescrição e dispensação de medicamentos fabricados no Paraguai em território nacional.
5 – Divulgação do Alerta às Vigilâncias Sanitárias e Epidemiológicas dos 79 municípios do Estado.
6 – Divulgação do Alerta às Conselhos Profissionais como CRM, CRF, COREN.
7- Ampla divulgação do Alerta à imprensa local, estendida a veículos de comunicação como rádio, TV e jornal impresso, realizado no sentido de alertas a população para os riscos do consumo de medicamentos do Paraguai.
8- Em caso de dúvidas ou esclarecimentos, ou para notificar casos de intoxicação por medicamentos oriundos do Paraguai, entrar em contato com a vigilância sanitária estadual nos telefones (67) 3312-1118/1140/1139/1135 ou enviar email para [email protected]
(Gerencia Técnica de Medicamentos e Produtos).
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