Oposição ucraniana tenta manter adesão à União Europeia

Líderes da oposição ucraniana planejam uma reunião de governo hoje (27) com o objetivo de anular a decisão de suspender a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE). Na semana passada, o governo do país anunciou a suspensão da assinatura do Acordo de Adesão ao bloco europeu, que estava previsto para ser assinado esta semana, […]

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Líderes da oposição ucraniana planejam uma reunião de governo hoje (27) com o objetivo de anular a decisão de suspender a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE). Na semana passada, o governo do país anunciou a suspensão da assinatura do Acordo de Adesão ao bloco europeu, que estava previsto para ser assinado esta semana, na cúpula da União Europeia com os países do Leste do continente, em Vilnius, na Lituânia.

O recuo da Ucrânia gerou protestos por parte da oposição, que defende a aproximação do país com a Europa e o distanciamento em relação à Rússia. “Nós decidimos visitar a reunião de gabinete com líderes das facções parlamentares dos partidos Udar (Golpe, em português) e Svoboda (Liberdade, em português), Vitaly Klitschko e Oleg Tyagnibok. Exigimos que o governo revogue essa decisão inconstitucional e ilegal de suspender as preparações para assinar um acordo de associação com a União Europeia”, informou Arseny Yatsenyuk, líder do partido Batkivshchina (Pátria, em português), da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko.

De acordo com Yatsenyuk, a oposição, favorável à integração com o bloco europeu, vai à reunião de Vilnius nesta semana para tentar persuadir os líderes da UE a não “fechar as portas à Ucrânia”.

Ontem (26), o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, admitiu que o governo russo pediu à Ucrânia o adiamento da adesão. Segundo ele, a Rússia não prometeu contrapartidas ou revisão dos preços do gás russo vendido ao mercado ucraniano.

A recente mobilização da oposição no país é considerada a mais contundente desde a Revolução Laranja, entre 2004 e 2005, quando uma séria de protestos foram organizados, após denúncias de corrupção e fraude nas eleições presidenciais.

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