Obama promete responsabilização de funcionários da Receita Federal

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou-se nesta segunda-feira “indignado” com a mais nova polêmica envolvendo a Receita Federal norte-americana e assegurou que, se algum funcionário da Receita mirou em grupos com base em suas inclinações políticas, ele será “inteiramente responsabilizado” por suas ações. Obama fez a promessa depois da revelação de que funcionári…

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou-se nesta segunda-feira “indignado” com a mais nova polêmica envolvendo a Receita Federal norte-americana e assegurou que, se algum funcionário da Receita mirou em grupos com base em suas inclinações políticas, ele será “inteiramente responsabilizado” por suas ações.

Obama fez a promessa depois da revelação de que funcionários da Receita Federal dos EUA avaliaram com mais profundidade que o normal as declarações de renda de integrantes do Tea Party e outros organizações conservadoras do país antes das eleições do ano passado.

“Se, de fato, funcionários da Receita se empenharam nesse tipo de prática e miraram intencionalmente em grupos conservadores, isso é ultrajante”, disse ele, em seus primeiros comentários sobre a questão.

O presidente enfatizou que os contribuintes precisam ter confiança na agência, conhecida nos EUA pelas iniciais IRS, e saber que a lei é aplicada igualmente a todos, independentemente da filiação político-partidária de cada um.

Obama fez os comentários durante entrevista coletiva conjunta concedida ao lado do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron.

Segundo o presidente norte-americano, ele só ouviu as alegações de que isso estaria ocorrendo na sexta-feira. “Vamos esperar e ver todos os detalhes e fatos.”

Na sexta-feira, a Receita Federal norte-americana se desculpou por realizar avaliações mais profundas e detalhadas de membros do Tea Party e de outros grupos conservadores na campanha eleitoral de 2012, mas afirmou que suas ações não tiveram motivação política.

Hoje, uma comissão permanente do Congresso norte-americano convocou para sexta-feira uma audiência sobre o assunto, que causou reações indignadas tanto entre republicanos quanto entre democratas no Capitólio dos EUA.

União Europeia – Na companhia de Cameron, Obama também expressou nesta segunda-feira apoio à vontade do Reino Unido de renegociar seu relacionamento com a União Europeia (UE), dizendo que faz sentido tentar consertar “o que está quebrado” em uma conexão tão importante. O presidente disse que vai observar se as reformas na UE serão bem-sucedidas para depois expressar sua opinião sobre a permanência dos britânicos no bloco.

Cameron prometeu que, se vencer a eleição para um segundo mandato em 2015, vai renegociar os laços do Reino Unido com a UE e realizar um referendo nacional sobre a adesão do país ao bloco até o fim de 2017.

Na entrevista coletiva conjunta, Cameron manifestou a necessidade de um início rápido para as conversas comerciais entre a UE e os EUA, frisando seu papel crucial para a recuperação econômica global.

O encontro entre Obama e Cameron ocorreu antes da reunião do G-8 na Irlanda, no mês que vem, e Obama disse que eles discutiram como o encontro será mais uma oportunidade para sustentar a recuperação econômica “com o foco no crescimento e na criação de empregos”.

Quando os líderes do G-8 se reunirem, Cameron disse que gostaria que eles concordassem “com ações ambiciosas para o crescimento econômico”, com o livre-comércio sendo a base desses acordos.

Obama promete manter pressão sobre governo sírio – Também nesta segunda-feira, Obama disse que os EUA estão trabalhando em conjunto com o Reino Unido para manter a pressão sobre o governo da Síria, fortalecer a oposição moderada do país e trabalhar para acelerar o fim do governo do presidente Bashar Assad.

Ele disse que a violência no país é terrível e que os aliados ocidentais deveriam trabalhar para fortalecer os setores mais moderados da oposição a Assad. As informações são da Dow Jones, da Market News International e da Associated Press.

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