Moradores reclamam de andarilhos que usam ruas como banheiro e deixam ‘presentes’

Comerciantes da Travessa Lydia Bais, na esquina da Calógeras com a 15 de novembro, em frente à igreja Santo Antônio, no centro de Campo Grande, reclamam da sujeira deixada por moradores de rua que ocupam a região. Além do lixo deixado pelos andarilhos, alguns comerciantes reclamam que precisam diariamente retirar fezes da frente dos estabelecimento. […]

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Comerciantes da Travessa Lydia Bais, na esquina da Calógeras com a 15 de novembro, em frente à igreja Santo Antônio, no centro de Campo Grande, reclamam da sujeira deixada por moradores de rua que ocupam a região.

Além do lixo deixado pelos andarilhos, alguns comerciantes reclamam que precisam diariamente retirar fezes da frente dos estabelecimento. Os ‘presentes’ fétidos são deixados nas calçadas, partes baixas das fachadas e jardins.

O advogado Danilo Neves tem um escritório na travessa e conta que a situação já acontece há um tempo. “Faz tempo que está assim, está chegando ao limite, ficando insustentável”, diz. Neves afirma já ter ligado para a prefeitura de Campo Grande, para a Assistência Social diversas vezes, sem qualquer retorno.

O cabeleireiro Nivaldo Ferreira dos Santos, 48, um dos primeiros a abrir negócio na rua, há três anos, convive com a situação desde então. “Sempre estão ali, é uma situação social muito grave. É complicado. Eles não incomodam a gente, no máximo pedem água, mas deixam muita sujeira. Alguém precisa fazer alguma coisa”, pede.

Nivaldo revela que também já ligou para a polícia ao ver os andarilhos urinando na parede, mas que os policiais declararam que nada poderia ser feito. Ele citou o Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento ao Migrante) da prefeitura como a melhor opção para resolver o problema. “Eles deveriam oferecer assistência aos moradores de rua”, analisa.

Cetremi

Segundo o site da prefeitura, o Cetremi oferece assistência provisória através de hospedagem, alimentação, higienização, orientação, encaminhamento à Rede Socioassistencial, e o desenvolvimento de oficinas de ressocialização.

A Cetremi declarou à reportagem que a denúncia foi recebida e assim que possível, um carro será enviado ao local para conversar com os moradores de rua e ver se eles aceitam ou não a assistência. O órgão informou que em caso de negativa, os andarilhos são orientados a não permanecer no local. A Cetremi afirmou que já fez abordagens no local e os moradores de rua declinaram.

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