Marina: TSE foi injusto com Rede e livrou outros partidos

A ex-ministra Marina Silva, umas das possíveis candidatas à Presidência da República pelo PSB, criticou nesta segunda-feira a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou o pedido de criação do partido dela, a Rede Sustentabilidade. “Após as manifestações de junho, tivemos um anúncio de uma reforma política na forma de uma Constituinte exclusiva. Depois, […]

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A ex-ministra Marina Silva, umas das possíveis candidatas à Presidência da República pelo PSB, criticou nesta segunda-feira a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou o pedido de criação do partido dela, a Rede Sustentabilidade. “Após as manifestações de junho, tivemos um anúncio de uma reforma política na forma de uma Constituinte exclusiva.

Depois, passou para plebiscito, depois, uma minirreforma política e, depois, tudo o que restou, foi uma lei para evitar a criação da Rede”, disse Marina no programa Roda Viva, da TV Cultura. “Minha crítica é que essa lei não foi utilizada para com os demais partidos que foram criados. Houve todo um esforço para essa desconstrução (da Rede)”, afirmou.

A ex-ministra também se defendeu das acusações de que os problemas com as assinaturas colhidas para a criação do partido foram de responsabilidade da Rede. “Nós conseguimos 910 mil assinaturas, para chegar a 492 mil, que era o exigido. Fizemos processo rigoroso de triagem dessas assinaturas e descartamos por voto próprio 220 mil. Mandomos 668 mil para os cartórios dentro dos prazos.

Infelizmente, os cartórios perderam os prazos – eles têm prazos de 15 dias para se manifestar se são válidas aquelas assinatura. E outra coisa que aconteceu foi que os cartórios não tinham parâmetro para determinadas situações. Boa parte do nosso público é jovem. E as pessoas que não votaram ainda não têm seu nome no livro de assinaturas de fichas das últimas eleições, que era o parâmetro utilizado pelos cartórios. As pessoas que se abstiveram também não tem seu nome no caderno das ultimas eleições. A Rede, então, foi prejudicada. 95 mil assinaturas foram descartadas sem justificativa”, disse.

Marina também falou sobre sua aliança com Eduardo Campos. Segundo ela, a decisão de se unir com o então provável candidato do PSB não foi apenas para fazer frente ao governo Dilma. “Poderíamos ter seguido dois caminhos: um era nos recolhermos, como queria parte da militância. E outra parte achava que deveríamos ir para outro partido viabilizar a candidatura. Naquele momento, pensamos o que seria mais importante para sermos um partido programático e não puramente pragmático. E o Eduardo se compromete com as nossas ideias em seu programa. Nesse momento, eu acho que o Brasil precisa debater ideias”, disse.

A ex-ministra afirmou que o partido ainda não decidiu quem vai encabeçar a chapa para concorrer à Presidência. “Quando Eduardo e eu conversamos, não se fez uma discussão sobre vice e não vice. Partiu-se do princípio que o PSB tem uma candidatura e eu estava dialogando com este candidato para discutir as propostas que temos para o Brasil. O diálogo que estamos fazendo é com a candidatura de Eduardo, e ele disse que em 2014 vai tomar essa decisão”, disse.

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