Lei de Comunicação será 1º teste de Correa em nova relação com a oposição
A polêmica Lei de Comunicação, impulsionada pelo governo do Equador e em trâmite de aprovação legislativa, será o “primeiro teste” do novo mandato do presidente Rafael Correa em seu chamado ao diálogo à oposição. Nesse sentido, o legislador opositor Luis Fernando Torres, do PSD (Partido Social Cristiano), assegurou nesta sexta-feira (24/05) que o tratamento da […]
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A polêmica Lei de Comunicação, impulsionada pelo governo do Equador e em trâmite de aprovação legislativa, será o “primeiro teste” do novo mandato do presidente Rafael Correa em seu chamado ao diálogo à oposição. Nesse sentido, o legislador opositor Luis Fernando Torres, do PSD (Partido Social Cristiano), assegurou nesta sexta-feira (24/05) que o tratamento da Lei de Comunicação marcará a relação entre o governo e a oposição.
Correa, em discurso pronunciado neste sábado (25/5) na Assembleia Nacional, onde jurou seu cargo para um novo mandato de quatro anos, convidou a “oposição democrática” a somar-se a um debate sobre os grandes objetivos nacionais.
“Pedi a palavra ao presidente da República para que a oposição tenha suficientes espaços de debate e possa apresentar uma alternativa de mudança real”, disse Torres à Agência Efe, ressaltando que, “até agora” a oposição “não teve a oportunidade de comprovar se esses espaços de debate vão existir”.
Torres assegurou que a primeira prova desse compromisso governamental será a aprovação na Assembleia da Lei de Comunicação, impulsionada por Correa e que a oposição considera uma “mordaça” para a imprensa privada.
O movimento governista Alianza País, liderado pelo esquerdista Correa e que controla 73% das cadeiras na Assembleia, propôs aprovar cada um dos artigos de dito projeto legal separadamente, por considerar que a legislação foi discutida durante mais de dois anos.
A oposição, por outro lado, exige que o projeto seja votado em seu conjunto e que se estenda o debate se surgirem divergências em algum deles. Se essa lei for aprovada “artigo por artigo, como anunciaram os porta-vozes da maioria parlamentar, sem debate, a palavra do presidente ficaria sem sustento”, opinou Torres.
No entanto, o legislador admitiu que “unir a toda a oposição” na Assembleia Nacional “é impossível”, porque dentro dela “existem diferentes perspectivas” de pensamento. Ainda assim, Torres declarou que é partidário de construir uma “tendência” das minorias no Legislativo “para fortalecer as tarefas de uma oposição criativa e democrática”. ”O desafio que temos os opositores é o de poder superar nossa deficiência em votos com ideias e propostas que possam marcar uma alternativa”, acrescentou.
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