Jurí popular define hoje se condena jovem que matou namorado estrangulado
Christian Rodrigues Simplício, 20, está sendo julgado na manhã desta quarta-feira (8) na 2ª Vara do Tribunal do Jurí de Campo Grande por assassinato confesso do auxiliar de escritório Onivaldo Rocha Mengual, 47, com quem namorava e vivia junto. Onivaldo foi morto por asfixia após estrangulamento com fio elétrico de um ventilador. O crime aconteceu […]
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Christian Rodrigues Simplício, 20, está sendo julgado na manhã desta quarta-feira (8) na 2ª Vara do Tribunal do Jurí de Campo Grande por assassinato confesso do auxiliar de escritório Onivaldo Rocha Mengual, 47, com quem namorava e vivia junto. Onivaldo foi morto por asfixia após estrangulamento com fio elétrico de um ventilador.
O crime aconteceu no dia 29 de novembro de 2011, no condomínio Trípoli, na rua Treze de Maio, no centro da cidade. O juiz titular da vara, Aluízio Pereira dos Santos qualificou o crime como motivo torpe e meio cruel e Christian está preso desde então.
Onivaldo foi encontrado estrangulado com varal, amarrado com fio do ventilador, enrolado em um lençol e colocado debaixo da própria cama pela policia. Christian afirmou na época que não teve escolha. “Ou era eu ou ele”. No julgamento, o acusado negou ter enrolado a vítima em lençol e escondido o corpo.
O julgamento
Em depoimento ao júri, Christian disse que o estrangulamento aconteceu durante briga entre o casal, quando ambos estavam sob efeito de drogas. “Ele veio com uma faca, eu derrubei a faca, peguei um fio e o estrangulei. Mas achei que ele só tinha desmaiado”, revela. O acusado foi embora e voltou ao local do crime dois dias depois para conversar com o namorado, achando que ele estava vivo.
Christian conheceu Onivaldo há cerca de dois meses. “Ele me chamou para usar drogas no apartamento dele e eu fui”. A partir daí, começaram a ter uma relação e, segundo Christian, Onivaldo pagava drogas diariamente para ele. “Eu estava viciado e ficava lá porque tinha droga. Mas quando acabava a droga eu tentava sair, a gente discutia e ele não deixava”, disse o acusado.
Foram ouvidas duas testemunhas de defesa a Christian. Dona Avelina Flores, vizinha da família do Christian, afirmou conhecer o rapaz desde pequeno. “Ele sempre foi um bom menino, até me ajudava em um projeto social. Mas a droga o destruiu. Até fiquei surpresa sabendo do caso”, conta.
Outra testemunha foi Alexandre Ferreira, ex-namorado e amigo do acusado. Ele diz conhecer Christian de longa data e contou que era o refúgio do acusado. Quando Christian queria fugir das drogas ia até a casa de Alexandre. “Ele sempre foi muito dócil, trabalhador. Eu cheguei a conhecer o Onivaldo, e vi que ele tinha muito ciúme do Christian. Depois deles começarem a namorar o comportamento do Christian mudou radicalmente”, ressaltou.
A decisão
O promotor de justiça Humberto de Mattos, que está fazendo a acusação, pretende convencer o júri a condenar Christian por homicídio duplamente qualificado. Já a defensoria pública, que está assistindo o acusado, através do Doutor Ronaldo Chadid, tentará mostrar a influência do uso de drogas na ocorrência e diminuir a pena. O júri popular ouvirá os dois lados e deve chegar à decisão durante a tarde de hoje.
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