Indústria se recupera e deve fechar 2013 acima do crescimento do PIB
A indústria de transformação no Brasil deve registrar um índice de 2,4% de crescimento em 2013 e recuperou a queda de mesmo índice que havia sido verificada ano passado. O percentual projetado também é maior que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) para este ano, de 2,2%. […]
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A indústria de transformação no Brasil deve registrar um índice de 2,4% de crescimento em 2013 e recuperou a queda de mesmo índice que havia sido verificada ano passado. O percentual projetado também é maior que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) para este ano, de 2,2%. Os números foram divulgados nesta terça-feira, em São Paulo, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que anunciou também as projeções para 2014 – nas quais o PIB é visto com crescimento de 2%, a exemplo da indústria de transformação.
Apesar da recuperação em relação a 2012, a projeção para indústria ainda está bastante aquém dos dois dígitos de crescimento anotados em 2010, quando o crescimento ficou em 10,1%, com PIB de 7,5%.
“Burocracia sem fim” emperra crescimento maior
“Algumas coisas melhoraram, mais ainda está muito caro produzir no Brasil – seja pela burocracia sem fim, pela logística, pela taxa Selic, terceira maior do mundo, ou pelo pacote de impostos. O ideal seria simplificar a vida de quem produz”, avaliou o presidente da Fiesp, Paulo Skaff.
Para o diretor de economia da entidade, Paulo Francini, fatores como a desvalorização das taxas de câmbio, associados à redução nas tarifas de energia (queda de 28%, anunciada em setembro do ano passado) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de produtos duráveis ajudam a compreender o crescimento da indústria de transformação.
Cai consumo das famílias
Por outro lado, Francini explicou que o crescimento da indústria também está vinculado ao aumento das exportações, este ano, e à queda das importações. As exportações registram recuo de 0,3%, quando, em 2012, havia sido de 5,3% negativo. Para 2014, contudo, a projeção é de índice positivo de 8,7%.
Já as importações, ainda que tenham crescido 7,5% esse ano, em comparação com o 1,4% negativos de 2012, têm projeções de retração para ano que vem, com índice de crescimento de 3,1%.
De acordo com diretor de economia da Fiesp, a tendência de queda nas importações se deve à redução no consumo das famílias – que já caiu este ano, em relação a 2012 (de 3,2% para os 2,3% atuais), e que deve recuar novamente em 2014 (2,2%).
“Essa queda no consumo das famílias significa baixa demanda – a expansão da massa salarial não aconteceu na velocidade esperada, idem para a expansão do crédito. Isso é também um esgotamento de uma política de crescimento calcada no consumo”, destacou o diretor.
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