Horário de verão começa no próximo domingo e divide opiniões em Campo Grande

Com o objetivo de economizar energia nos períodos de maior consumo, o horário de verão começa no próximo domingo (20). Os relógios devem ser adiantados em uma hora nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e com isso, aliviar as redes de transmissão de energia. Como em todos os anos, as opiniões sobre o horário dividem os moradores desses estados, em Campo Grande não poderia ser diferente. Alguns gostam, outros não, e alguns, não veem diferença nenhuma no horário.

Com um carrinho na esquina das ruas 15 de novembro e 14 de julho, o pipoqueiro Jorcelino Francisco Carmo, 63 anos, é um dos que afirma que não sente diferença no horário, mas diz que não entende por que alguns estados possuem horário de verão e outros não. “A minha filha mora no norte e lá o horário não muda. Devia ser um horário só”, relata. Para ele, as vendas não são beneficiadas com o horário de verão. “O que melhora as vendas é o tempo fresco e o dia de pagamento”, explica o pipoqueiro.

Para os estudantes Caroline Barrios, 16 anos e Bruno Condi, 15 anos, o horário de verão também não faz muita diferença. Mas, como os estudantes tem que acordar cedo para ir à escola e para trabalhar, o horário atual inda é o preferido “É melhor o que está agora, porque quando acorda não está tão escuro”, comenta Bruno.

O vendedor de chipas, Vinícius Ribeiro, 18 anos é um dos que prefere o horário de verão e diz que as vendas podem aumentar. “Quando eu sair ainda vai estar claro. As pessoas já vão embora quando está escuro com o horário de verão, ficam mais tempo na rua”, diz.

Com o filho no parquinho da Praça Ary Coelho, a dona de casa, Janaína Arguelho, 27 anos, diz que o horário atual é o melhor.  “No horário de verão o tempo passa rápido, não rende meu dia eu prefiro a noite”, relata.

Entendendo o horário verão – O horário de verão é adotado nesta estação pelo fato de os dias serem mais longos, devido à posição da Terra em relação ao Sol. O horário diferenciado é aplicado nas regiões mais afastadas da Linha do Equador. Já para as regiões mais próximas desse ponto, os dias e as noites têm a mesma duração durante todo o ano, fazendo com que essa prática alcance resultados menores ou até mesmo não alcance vantagens em economia.

Com uma hora a mais de luz natural por dia, a economia de energia equivale a 2 mil megawatts, o equivalente a 3 turbinas de Itaipu, ou ainda o consumo de Brasília e Belo Horizonte juntas, durante o horário de pico.

No dia 16 de fevereiro de 2014, os relógios serão atrasados em uma hora, com o fim do horário de verão. O último horário de verão durou 133 dias, reduzindo em 4,6% o consumo no horário de pico nas regiões onde foi praticado.