Guerrilhas colombianas chamam bases para “governo democrático” na Colômbia
Os comandantes das guerrilhas colombianas das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, e do ELN, Nicolás Bautista, conhecido como “Gabino”, fizeram nesta quarta-feira um chamado a suas bases para que trabalhem para “a instalação de um governo de índole democrático” na Colômbia. Em uma mensagem natalina, “Timochenko” e “Gabino” apontaram a conquista da paz como […]
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Os comandantes das guerrilhas colombianas das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, e do ELN, Nicolás Bautista, conhecido como “Gabino”, fizeram nesta quarta-feira um chamado a suas bases para que trabalhem para “a instalação de um governo de índole democrático” na Colômbia.
Em uma mensagem natalina, “Timochenko” e “Gabino” apontaram a conquista da paz como principal questão para o povo colombiano e destacaram que as duas forças insurgentes trabalham “totalmente para concretizar os diálogos de paz”.
“Não é fácil diante de um governo profundamente reacionário, neoliberal, comprometido até a medula com os interesses das transnacionais e o imperialismo americano, militarista e oligárquico”, disseram os dois comandantes na carta.
Eles também criticaram que por trás do “discurso público da paz” do governo de Juan Manuel Santos se esconde a ambição de uma “rendição da insurgência, uma submissão”.
É por isso que os dois chefes guerrilheiros apontaram rumo a uma convergência de forças rebeldes para “contribuir à instalação de outro governo, de índole democrática, aberto a novas perspectivas”, com o que seria mais fácil a conquista da paz.
Os chefes guerrilheiros afirmaram que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) “empenham suas energias separadamente, mas inspirados pela convicção que os dois correntes terão que confluir mais cedo que tarde”.
“ELN e Farc estão comprometidos a aumentar nosso trabalho nesse sentido, e todos os integrantes das duas forças se sentem obrigados a assumi-lo em cada uma das tarefas grandes e pequenas que a luta nos impuser”, encerrava a mensagem de “Gabino” e “Timochenko”.
Os comandantes insistiram com suas bases em deixar para trás “os tratamentos incorretos de nossas contradições, assim como as atitudes negativas de alguns integrantes de nossas forças”, em referência aos anos em que as duas guerrilhas se enfrentavam em algumas regiões do país.
As Farc negociam em Havana um acordo de paz com o governo colombiano desde novembro de 2012, e os delegados já chegaram a acordos em dois dos cinco pontos da agenda: o referente ao problema agrário e o de participação política.
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