Governo impõe térmica bicombustível à MPX por gás insuficiente
governo exigiu a conversão de um projeto de térmica a gás natural da MPX para operação bicombustível –com óleo combustível também– após a companhia de Eike Batista ter apresentado como garantia de suprimento volumes insuficientes de gás da irmã e parceira OGX. Autoridades brasileiras concluíram que o volume de gás natural apresentado como suprimento à […]
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governo exigiu a conversão de um projeto de térmica a gás natural da MPX para operação bicombustível –com óleo combustível também– após a companhia de Eike Batista ter apresentado como garantia de suprimento volumes insuficientes de gás da irmã e parceira OGX.
Autoridades brasileiras concluíram que o volume de gás natural apresentado como suprimento à térmica Nova Venécia 2 não garante seu funcionamento na hipótese de ser despachada integralmente durante todo o período de contratação de energia, revelou à Reuters o Ministério de Minas e Energia (MME) ao ser procurado sobre o tema.
A MPX terá que arcar com os custos adicionais da mudança do projeto, sem repassá-los ao consumidor final, segundo o MME.
A térmica, concebida originalmente para operar no Espírito Santo movida a óleo combustível, faz parte do pacote de usinas adquiridas pela MPX do grupo Bertin e integra um amplo complexo termelétrico pelo qual a empresa de Eike já começou a gerar energia a partir do gás da região da bacia do Parnaíba.
De acordo com o MME, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) certificou no campo Gavião Branco reservas de 3,9 bilhões de metros cúbicos de gás, “o que é insuficiente para atender a quantidade de gás requerida na hipótese de despacho máximo da usina, que seria de 5,7 bilhões de metros cúbicos”.
A OGX –que teve forte atuação no leilão de áreas exploratórias da ANP na semana passada– informou em janeiro a apresentação da declaração de comercialidade da acumulação de Bom Jesus, descoberta nos blocos PN-T-67 e PN-T-68, na bacia do Parnaíba, que passou a ser chamada de campo de Gavião Branco.
O MME reconhece, entretanto, que a chance de uma usina térmica ser despachada por todo o período de contratação é baixa, já que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prioriza as hidrelétricas para gerar energia. E a prioridade do operador pela eletricidade mais barata deve fazer com que o volume de gás natural indicado como garantia pela MPX seja suficiente para a operação da usina, admitiu o ministério.
Mas o governo teve de exigir uma alternativa que assegurasse 100 por cento o funcionamento da térmica conforme reza a legislação, na portaria 649/2011, pela qual as empresas devem comprovar disponibilidade de combustível que permita a operação contínua.
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