Ex-funcionárias da Mega Serv denunciam que empresa não depositou nenhum FGTS
Empresa é uma das que ganharam contratos com a Prefeitura considerados suspeitos pelos vereadores de Campo Grande.
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Empresa é uma das que ganharam contratos com a Prefeitura considerados suspeitos pelos vereadores de Campo Grande.
Três, dos mais de 200 ex-funcionários da Mega Serv, denunciaram ao Midiamax que não receberam o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) referente aos meses que trabalharam na empresa, que tinha contrato emergencial com a Prefeitura de Campo Grande para serviço de limpeza nas unidades de Saúde da Capital.
Ao todo, elas contam que trabalharam por quase seis meses e após o contrato ser bloqueado e uma licitação entrar em andamento, os funcionários foram recontratados pela prefeitura. “Aí fomos descobrir que nenhum FGTS foi depositado pela Mega Serv. A prefeitura depositou certinho, mas não paga o passe do ônibus que a lei trabalhista garante e nem o adicional noturno, que ganhávamos na Mega Serv”, afirmou uma das trabalhadoras que preferiu não se identificar.
De acordo com outra, o salário atual está em R$ 790,00 brutos, sendo R$ 100 a mais do que Mega Serv pagava. Além disso, a empresa que já foi investigada pela CPI da Inadimplência da Câmara, também não teria liberado os papéis da demissão aos funcionários que não quiseram ser recontratados para que resgatassem o FGTS ou tivessem acesso ao seguro-desemprego.
Nos extratos bancários constam apenas um depósito retroativo em maio em valores por volta de R$ 80,00, porém pelos salários que elas afirmam que recebiam deveria constar no mínimo R$ 344,08, sem contar a correção monetária.
“Ninguém nos informa de nada. A prefeitura manda procurar a Mega Serv, a Mega Serv fala que não é mais nossa chefe e que é para procurar a prefeitura. Quem vai pagar o que temos direito?”, reclamou outra.
A nova contratação foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 9 de setembro deste ano, com a lista dos 297 serventes de limpeza, porém não detalha os valores desta contratação ao erário municipal e limitando o serviço até o dia 30 do mesmo mês.
Em outubro os trabalhadores receberam um termo de prorrogação do contrato, ampliando até o dia 30 deste mês, mas elas alegam que não sabem até quando vão ter o emprego garantido.
Além disso, todos foram avisados de que não haveria cargos de chefia e agora apontam que cerca de cinco funcionários foram elevados a supervisores e não se sabe se estão o quanto estão ganhando a mais por isso.
As ex-funcionárias ainda afirmam que vão ao Ministério Público do Trabalho para denunciar a situação. O órgão confirmou que já há um processo contra a Mega Serv correndo, mas sobre a jornada de trabalho e pela sede em Dourados (MS).
Produtos
Mesmo proibida de atuar na limpeza das unidades de Saúde, as ex-funcionárias denunciaram e mostraram um pedaço retirado de um saco plástico, que a Mega Serv ainda seria a distribuidora de produtos para o serviço.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura, mas após dois dias ainda não recebeu nenhuma resposta. Na página oficial da Mega Serv, na lista de clientes não consta mais a Prefeitura de Campo Grande.
No escritório da capital a reportagem esteve após a denúncia, mas não encontrou ninguém. Empresários de lojas em volta afirmaram que há semanas não aparecem funcionários no local.
O represente da Mega Serv em Campo Grande, Milton Felício, não quis falar com a reportagem e designou seu advogado que, segundo seu escritório, estaria viajando e até o momento também não retornou as ligações.
De acordo com a última entrevista dada pelo secretário municipal de Administração, Ricardo Ballock, no mês passado, a licitação para a contratação da nova empresa para a limpeza está correndo e as concorrentes seriam a própria Mega Serv e a Vyga Prestadora de Serviços.
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