Entidade empresarial rebate críticas à produção de açúcar no Brasil
Para a maior entidade representativa do setor de açúcar e bioetanol do Brasil, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), as afirmações da organização internacional Oxfam para justificar a campanha destinada a motivar as dez maiores empresas alimentícias e de bebidas do mundo a não comprar açúcar produzido em áreas em litígio são inconsistentes ao […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Para a maior entidade representativa do setor de açúcar e bioetanol do Brasil, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), as afirmações da organização internacional Oxfam para justificar a campanha destinada a motivar as dez maiores empresas alimentícias e de bebidas do mundo a não comprar açúcar produzido em áreas em litígio são inconsistentes ao tratar da situação brasileira.
“Esse relatório está cheio de buracos, a começar pelo fato de que eles tentam chegar a uma conclusão global, como se houvesse alguma uniformidade nas diferentes situações dos diversos países que produzem cana-de-açúcar”, comentou o diretor de Comunicação e Marketing da Unica, Adhemar Altieri.
“Evidente que qualquer empresa [que compre açúcar ou etanol] precisa rever o que está fazendo se uma situação ilícita for comprovada; se ficar provado que alguém foi desalojado irregularmente ou que uma área se trata de terra indígena, por exemplo”, acrescentou Altieri. O diretor garantiu que, ao contrário do que a Oxfam apresenta no relatório, no Brasil e com o que é alegado por organizações sociais, o plantio de cana-de-açúcar nada tem a ver com os conflitos agrários e com a expulsão de pequenos produtores de suas terras.
“Várias empresas, e não apenas as multinacionais, têm critérios para escolher seus fornecedores e estão atentas a detalhes como esses. Isso não é novidade. O que acontece é que há alguns casos em que o litígio pela terra surge posteriormente à assinatura do contrato de fornecimento. E aí, é necessário que a situação seja esclarecida, que as denúncias sejam verificadas, porque ninguém descumpre um contrato de compra porque o fornecedor está sendo acusado. Ele espera por uma decisão judicial. Se o fornecedor apresentou provas razoáveis de que a terra lhe pertence, apresenta o título de propriedade, o que mais a empresa pode fazer?”
De acordo com Altieri, os dois casos citados pela Oxfam – conflitos agrários de usinas de açúcar com pequenos produtores em Sirinhaém (PE) e índios em Ponta Porã (MS) – como exemplos de que, no Brasil, a produção de cana-de-açúcar tem causado conflitos agrários refletem os equívocos da entidade internacional.
“Nenhum dos dois casos resiste a um exame dos fatos. Em um deles, sequer há produção de açúcar, mas sim de etanol. E mesmo que os dois casos citados fossem reais, não refletiriam a realidade, pois estamos falando de um setor que emprega quase 1,2 milhão de pessoas, com quase 400 usinas em funcionamento em todo o país. E que ocupa apenas 9,5 milhões de hectares, ou seja, pouco mais de 1% do território nacional”, conclui o diretor da Unica.
“Ao contrário do que a Oxfam afirma, a cana é um fator de manutenção do homem na terra. Entre 2002 e 2010, quando a indústria da cana cresceu, foram construídas mais de 100 usinas no país. O número de fornecedores cresceu na mesma proporção. Há, hoje, mais de 70 mil pequenos e médios produtores rurais no país. Noventa por cento deles produzem abaixo de 10 mil toneladas de cana”, conclui o diretor.
Procurado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento não quis se posicionar sobre a polêmica. Já algumas das dez empresas de alimentos e refrigerantes citadas pela Oxfam garantiram à Agência Brasil que já possuem mecanismos para garantir uma produção justa e sustentável ao longo de toda a cadeia produtiva.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Motociclista por aplicativo é esfaqueado e tem moto roubada no Caiobá
Estava na Júlio de Castilho quando foi acionado para uma corrida até o Portal Caiobá
Vendas de imóveis no país crescem 19,7% de janeiro a setembro
Nos acumulado de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2023
Funtrab disponibiliza 978 vagas de emprego em Campo Grande nesta quinta
O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30
Campanha contra importunação sexual é realizada em terminais de ônibus
Importunação sexual é crime e precisa ser denunciada
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.