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Engenheiro do CREA diz que Campo Grande não tem gestão ambiental e está sujeita a tragédias

Segundo Antunes, se obras não forem feitas urgentemente para corrigir os problemas de assoreamento nos córregos, cada vez que as chuvas vierem, mais áreas vão ser solapadas causando problemas e transtorno à população
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Segundo Antunes, se obras não forem feitas urgentemente para corrigir os problemas de assoreamento nos córregos, cada vez que as chuvas vierem, mais áreas vão ser solapadas causando problemas e transtorno à população

Assessor do meio ambiente do CREA-RJ, o engenheiro Adacto Antunes afirmou, durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável – etapa preparatória da Região Centro-Oeste para a Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (Soea) – que Campo Grande não tem gestão ambiental e isso faz com que a cidade fique vulnerável a tragédias ambientais.

Segundo Antunes, se obras não forem feitas urgentemente para corrigir os problemas de assoreamento nos córregos que cortam a cidade, cada vez que as chuvas vierem, mais áreas vão ser solapadas causando problemas e transtorno à população. “A cidade está muito vulnerável para as chuvas”, afirmou.

Para o engenheiro, muito pouco foi feito na cidade para evitar problemas ambientais. Ele explicou que em Campo Grande começaram a canalizar e alargar os córregos. Com isso, toda a água da drenagem foi para os córregos sem resolver os problemas da enchente. Ao contrário, gerou mais assoreamento e empurrou o problema. “Você aumenta a capacidade de escoamento, mas empurra o problema mais para baixo”, disse.

Ele explicou que a canalização degrada a bacia hidrográfica. “Temos que imitar a natureza. A solução sustentável é implementar obras de engenharia que procurem imitar a natureza para evitar concentrar vazões nos rio para que ele não transborde. Fazer o que a floresta faz, aumentar a permeabilidade do solo da bacia hidrográfica drenante dos rios da cidade”, ensinou.

Dentre as soluções, ele explicou que é necessário construir barragem de cheias, no trecho médio superior do rio, de forma que o rio possa escoar sem transbordar.

Na área urbana que já está impermeabilizada, ele revelou que é possível implementar intervenções por meio de bacias de detenção, que podem ser praças ou campos de futebol, por exemplo. Neste caso, a água da chuva é dirigida para estes pontos onde ficam retidas e vão sendo aos poucos permeabilizadas pelo solo.

Já nas áreas rurais, ele revelou que dá para aumentar a infiltração da água dos solos fazendo bacias de recarga. Para isso, se constrói diques para segurar o escoamento superficial. Dos diques a água vai para o solo e não para o rio. Amortecendo as enchentes, além de aumentar a permeabilidade do solo.

A reportagem procurou o ex-secretário da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) Marcos Cristaldo para questionar se a cidade tinha planejamento ambiental. Cristaldo disse que a secretaria não fazia os projetos e nem executava as obras, apenas autorizava de acordo com a legislação. Segundo ele, as obras são legais e por isso foram executadas.

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