Doleiro investigado pela PF chama político do Maranhão de ‘chefe’ em diálogo

Um diálogo no qual o deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) marca um encontro no Palácio dos Leões, sede do governo em São Luís, com o doleiro suspeito de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de fundos de pensão foi interceptado pela Polícia Federal. A conversa entre o parlamentar e o doleiro Fayed […]

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Um diálogo no qual o deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) marca um encontro no Palácio dos Leões, sede do governo em São Luís, com o doleiro suspeito de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de fundos de pensão foi interceptado pela Polícia Federal.

A conversa entre o parlamentar e o doleiro Fayed Traboulsi foi gravada com autorização da Justiça e faz parte do inquérito da Operação Miqueias, da Polícia Federal, aberto em fevereiro do ano passado e que apurou movimentação suspeita de R$ 300 milhões em 18 meses. Além de Waldir Maranhão, a PF identificou que pelo menos outros dois deputados federais mantinham algum tipo de contato com integrantes da quadrilha investigada.

Eduardo Gomes (PSDB-TO), secretário do governo do Tocantins, e David Alcolumbre (DEM-AP) admitem que conheciam o doleiro e conversaram com ele. No entanto, os dois negam terem tratado de qualquer tipo de negócio ilegal. Além da conversa que cita o Palácio dos Leões, Maranhão foi flagrado em um outro diálogo com o doleiro, onde marcam um encontro na casa do deputado. Em outra conversa, de novembro de 2012, Fayed chama o parlamentar de “chefe” e Maranhão responde “meu irmão, tudo bem?”. No diálogo, o deputado orienta o doleiro a procurar um prefeito para resolver um negócio. Maranhão foi secretário de Ciência e Tecnologia do governo Roseana Sarney (PMDB) até março de 2010.

A assessoria do deputado diz desconhecer qualquer diálogo no qual Maranhão e Fayed combinam encontro na sede do governo local. Informou ainda que o doleiro esteve no apartamento do deputado num jantar oferecido a parlamentares, assessores e empresários “para apreciarem a culinária do Maranhão” e que ele chama todo mundo de “meu irmão”.

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