Criador de software para flagrar traição entra em lista de busca do FBI
O programador salvadorenho Carlos E. Perez Melara, 33, entrou nesta semana para a lista de cibercriminosos mais procurados pelo FBI (polícia federal norte-americana). A instituição oferece US$ 50 mil (cerca de R$ 115 mil) por informações que leve à prisão de Melara. Ele é suspeito de participar da criação de um software chamado Lover Spy […]
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O programador salvadorenho Carlos E. Perez Melara, 33, entrou nesta semana para a lista de cibercriminosos mais procurados pelo FBI (polícia federal norte-americana). A instituição oferece US$ 50 mil (cerca de R$ 115 mil) por informações que leve à prisão de Melara. Ele é suspeito de participar da criação de um software chamado Lover Spy (espião dos amantes), oferecido como ferramenta para flagrar o parceiro infiel.
Segundo comunicado, o programa foi usado para interceptar dados de “centenas, se não milhares” de vítimas. As acusações datam de 2003, época em que Melara morava em San Diego (Califórnia) com um visto de estudante. Em um apartamento na cidade norte-americana, ele gerenciava o site pelo qual vendia a US$ 89 (cerca de R$ 204) o programa que ele mesmo havia criado.
O software fraudulento era enviado à vítima com a oferta de um cartão virtual: ao clicar nele, a pessoa involuntariamente infectava seu computador. A partir daí, o programa registrava as teclas digitadas na máquina e, periodicamente, enviava as informações aos clientes de Melara. Com isso, era possível identificar o conteúdo de trocas de mensagens, conversas, senhas e sites visitados.
Em 2005, a polícia da Califórnia emitiu um mandado de prisão, depois de Melara ser acusado de diversos crimes. Entre eles, interceptar comunicação em meios eletrônicos, acessar sem autorização computadores protegidos visando lucro e desenvolver uma ferramenta de interceptação. Ele foi visto pela última vez em El Salvador, seu país de origem.
A agência de notícias Associated Press afirma que Melara parece ter ganho pouco dinheiro com seu software, ao contrário de outros cibercriminosos procurados pelo FBI. O salvadorenho teria vendido o programa a cerca de mil pessoas, que tentaram roubar informações de outras 2.000 (em metade dos casos, as vítimas teriam caído no golpe).
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