Comércio clandestino é debatido na primeira sessão do ano da Câmara de Corumbá

Presidida pelo vereador Marcelo Iunes (PSD) e com presença de 14 dos 15 edis, a primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de Corumbá, na noite desta segunda-feira, durou cerca de 03 horas e 30 minutos, ou seja, transcorreu por 30 minutos além do tempo regimental.

A maioria dos vereadores apresentou seus trabalhos e muitos assuntos foram debatidos da tribuna com apartes, dentre os quais a abordagem de um problema permanente, levantado pelo vereador Evander Vendramini (PP): a proliferação do comércio clandestino de bolivianos em Corumbá.

Vendramini disse que seu alerta não é uma discriminação ao boliviano, mas pediu um a maior fiscalização da prefeitura para coibir a venda de produtos contrabandeados por estrangeiros na cidade, onde pontos de comércio são abertos sem licença ou pagamento de impostos taxados aos brasileiros.

Em aparte, o vereador Marcelo Iunes disse que se trata de uma concorrência desleal ao comércio local, pedindo uma maior fiscalização ao Estado, Município e também à Receita Federal. Vendramini ainda denunciou que bolivianos estariam sendo contemplados com casas do PAC.

“O problema não é só o boliviano, a questão é a falta de fiscalização no país inteiro”, observou o vereador Antônio Sabatel (PSD), lembrando que uma feira paraguaia funciona em Brasília, próxima ao complexo ministerial.

Ao fazer o uso da palavra, a vereadora Cristina Lanza (PT), líder do governo municipal, alertou para uma questão preocupante: levantamentos realizados pela Universidade Federal de MS (UFMS) constataram alta contaminação por agrotóxicos de frutas e leguminosas comercializadas pelos bolivianos em feiras livres de Corumbá. As informações são da assessoria de imprensa do Legislativo.