Câmara conclui votação da MP do Mais Médicos, programa prioritário para o governo
A Câmara concluiu nesta quarta-feira a votação da MP que cria o programa Mais Médicos, tido como prioritário pelo governo, que o anunciou em resposta às manifestações populares de junho, e considerado eleitoreiro pela oposição. A MP, cuja votação havia sido iniciada na terça-feira no plenário da Câmara, segue para o Senado, após os deputados […]
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A Câmara concluiu nesta quarta-feira a votação da MP que cria o programa Mais Médicos, tido como prioritário pelo governo, que o anunciou em resposta às manifestações populares de junho, e considerado eleitoreiro pela oposição.
A MP, cuja votação havia sido iniciada na terça-feira no plenário da Câmara, segue para o Senado, após os deputados concluírem a análise de emendas nesta quarta.
O plenário manteve a criação de programa de residência em medicina geral e a atribuição dada ao Ministério da Saúde para realizar o registro provisório de médico estrangeiro, mas alterou a MP para permitir aos profissionais aposentados participarem do programa.
O Mais Médicos prevê a contratação de médicos para ampliar o atendimento, principalmente nas áreas carentes ou isoladas. O programa permite a adesão de médicos estrangeiros, o que provocou muita polêmica e críticas, principalmente por parte de entidades médicas.
As entidades, no entanto, passaram a apoiar a MP na iminência do início da votação no plenário, após acordo em que o relator da proposta, Rogério Carvalho (PT-SE), e parlamentares da base se comprometeram a modificar o texto para não ferir a autonomia desses órgãos. A alteração ocorreu por meio de emenda votada nesta quarta.
Pesquisa recente aponta que ampla parcela da população apoia o programa, e apesar de ser considerada “marquetagem” e “eleitoreira” por integrantes da oposição, é o atual carro-chefe do governo.
A votação da MP –a primeira desde o troca-troca partidário e a criação de partidos encerrados na última semana– foi um teste para o governo, e pode dar uma demonstração de como funcionará a nova configuração do plenário.
Dois partidos foram criados, o Solidariedade e o Pros, que chegaram a apoiar uma obstrução à votação da MP. Além disso, o PSB deixou a base do governo, mas na avaliação de líderes, não houve mudança numérica significativa na correlação de forças no Congresso.
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