“A situação do Hospital do Trauma é constrangedora” diz presidente da Santa Casa

Durante visita dos deputados membros da CPI da Saúde, Amarildo Cruz (PP) e Junior Mochi (PMDB), o diretor-presidente da Santa Casa de Campo Grande Wilson Levi Teslenco, admitiu que a situação do Hospital do Trauma iniciada em 2002 e até hoje não concluído é constrangedora. A obra está 55% pronta e já foi paralisada diversas […]

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Durante visita dos deputados membros da CPI da Saúde, Amarildo Cruz (PP) e Junior Mochi (PMDB), o diretor-presidente da Santa Casa de Campo Grande Wilson Levi Teslenco, admitiu que a situação do Hospital do Trauma iniciada em 2002 e até hoje não concluído é constrangedora.

A obra está 55% pronta e já foi paralisada diversas vezes, sendo que a primeira paralisação aconteceu em 2004. Em 2009, foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e em 2010 uma nova licitação foi feita e uma nova empresa foi contratada para concluir as obras do Hospital do Trauma.

De acordo com Teslenco, depois de um ano e meio, o Ministério da Saúde que anteriormente havia aprovado as planilhas anteriores da obra, reprovou as medições posteriores, causando mais uma paralisação nas obras.

“Eu tenho sérias preocupações quanto à manutenção e a confiabilidade desde hospital, ele estar novamente parado é constrangedor. As inconformidades são inexplicáveis, a junta interventora estava tocando a obra com apenas uma planta e agora estamos juntando as partes dos projetos para tentar junto ao Ministério da Saúde uma autorização para retomar as obras ainda este mês”, afirmou Teslenco.

A obra do Hospital inicialmente era pra ser uma maternidade e foram gastos pouco mais de R$ 1 milhão nesta obra. Depois o projeto foi alterado para um Hospital que atendesse o trauma e já foram gastos mais de R$ 5 milhões 200 mil reais nessa obra. A Santa Casa ainda dispõe de mais de R$ 5 milhões para a conclusão das obras do Hospital do Trauma.

Visita

Durante a visita da CPI, Teslenco também disse aos deputados que outros pontos críticos do hospital estão a infraestrutura como um todo, que foi construída há 32 anos e teve reformas pontuais. “Também falta de informatização de todo o sistema para otimizar atendimentos e reduzir custos e a gestão das clínicas do hospital, para que atendam de forma mais adequada”, explicou.

Para o diretor presidente para resolver estes problemas, além de investimentos, falta a capacitação de recursos humanos para obter um melhor atendimento e equipe preparada. Hoje a Santa Casa é referência no Estado em neurologia, ortopedia, cirurgia cardíaca infantil, queimaduras, entre outros.

Os deputados andaram pelos seis andares do hospital e disseram preocupados com a informação de que a Santa Casa trabalha no limite máximo da capacidade, em todas as especialidades.

“Apesar disso não ser o ideal, o hospital mostrou que consegue atender a todos. Vamos colocar isso no relatório final”, disse Amarildo. Para Mochi é necessário investir também no atendimento básico e no interior, para evitar a superlotação da Santa Casa que acaba atendendo todo o Estado.

Pacientes

O pedreiro José Laureano, 53 anos, está acompanhando a esposa que passou por um cateterismo. “Nós fomos muito bem atendidos e a cirurgia foi feita dentro do tempo previsto. Estou satisfeito”, elogiou.

Rosângela Cruza, de 47 anos, acompanhava a mãe, que teve uma queda e teve que dar entrada no hospital de urgência. “Ela machucou a perna e o quadril. Nos atenderam rapidinho”, destacou.

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