Sem água nas torneiras, estiagem castiga moradores de Corumbá e Ladário

A secura do ambiente se reflete nas torneiras das casas dos moradores do bairro Guatós, no conjunto residencial nas proximidades do Anel Viário, na parte alta de Corumbá. Segundo relatos dos moradores, a época de estiagem é a mais crítica quando se trata de abastecimento de água. Na região, não tem saído água das torneiras […]

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A secura do ambiente se reflete nas torneiras das casas dos moradores do bairro Guatós, no conjunto residencial nas proximidades do Anel Viário, na parte alta de Corumbá. Segundo relatos dos moradores, a época de estiagem é a mais crítica quando se trata de abastecimento de água.

Na região, não tem saído água das torneiras há pelo menos uma semana. Apenas em horários da madrugada é que os moradores conseguem ver o líquido chegando, assim mesmo em quantidade reduzida. Quem abre mão do repouso para “aparar” a água consegue garantir, de forma racionada, a manutenção de atividades diárias como a lavagem de louça, além de ações de higiene corporal como banho e escovação dos dentes.

Sem uma gota do líquido no reservatório de sua residência, Paulo Soares, ao perceber a presença do caminhão-pipa no local, tratou de garantir uma quantidade para beber. “Já vim logo aqui pegar pra poder colocar na geladeira”, disse o morador que observou: “Os governantes ficam preocupados em construir casas, mas não garantem um sistema de abastecimento para nossa gente. É lamentável o que vivemos aqui ano após ano nessa época”, disse o morador prevendo que se a água não voltar às torneiras dentro de um prazo de três dias não sabe como vai fazer para lidar com a situação que piora a cada dia com o acúmulo de roupa suja e a falta de um bom banho.

Paulo Soares garante que as contas de serviço de abastecimento chegam regularmente todo mês e que o contraste entre a chegada das contas e a falta do produto gera indignação. “A conta é paga mensalmente, mas a água na torneira não tem”, diz.

Quem pode, busca alternativas como Marival Marques do Nascimento. Ele contou ao Diário que a água que recolhe durante a madrugada não é suficiente para atividades que exigem grande quantidade como a lavagem de roupas. Ele e a família estão usando a casa de parentes para poder ter roupas limpas. Já quando o assunto é água para beber, não tem como fugir das despesas. “Ás vezes, somos obrigados a comprar água”, afirmou ao lembrar que a cidade vem crescendo e que os investimentos no setor de abastecimento precisam ganhar mais atenção dos governantes.

No período quando esteve no local, a reportagem do Diário ouviu muitas reclamações quanto ao abastecimento da região e também denúncias de que o fornecimento de água pelo caminhão-pipa estaria condicionado apenas a cidadãos que comprovem que estão com as contas em dia junto à empresa fornecedora.

A falta de água também está sendo sentida em bairros da cidade de Ladário, onde o caminhão-pipa da empresa abastecedora também está percorrendo para garantir o produto aos moradores.

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